«Espero que o Presidente (Ramos-Horta) recupere (...) que não leve muito tempo, espero que dentro de um mês o presidente regressará para assumir as suas responsabilidades», disse em Lisboa o presidente do Parlamento Nacional, Fernando de Araújo «Lasama».
O dirigente timorense, que falava no final da audiência de 55 minutos no Palácio de Belém com o presidente Aníbal Cavaco Silva, manifestou-se satisfeito com a evolução do estado de saúde de José Ramos-Horta, alvo de um atentado em Díli.
Homens armados tentaram matar José Ramos-Horta e o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.
O regresso à calma
Uma cronologia sem lógica dos atentados
O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.
Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli e foi transferido para uma unidade de cuidados intensivos do hospital de Darwin, Austrália, onde foi sujeito a uma segunda operação.
De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.
Devido à incapacidade actual de Ramos-Horta, Fernando de Araújo deverá assumir interinamente, no regresso dentro de dias a Díli, o cargo de Presidente da República.
Na audiência com Cavaco Silva, o presidente do parlamento timorense disse à saída aos jornalistas que informou o chefe de Estado português da melhoria do estado de saúde de Ramos-Horta.
«O presidente Ramos-Horta está a melhorar e o Presidente Cavaco Silva manifestou preocupação e a sua solidariedade com o povo de Timor-Leste», disse.
«Os dirigentes timorenses, de que eu faço parte, continuam a contar sempre com o apoio do Presidente de Portugal, com o povo português e com os amigos jornalistas que estão sempre atentos à situação em Timor-Leste», acrescentou.
Fernando de Araújo «Lasama» acredita que os acontecimentos em Díli evidenciam uma tentativa de golpe de Estado.
«Foi uma tentativa de golpe de Estado. Se eu estivesse em Timor-Leste também seria um alvo», considerou, salientando que a situação criada pela acção de Alfredo Reinado e Gastão Salsinha «é muito grave».
«A situação é muito grave. Foi um crime muito sério contra o Estado de Timor-Leste», adiantou.
Timor espera que Ramos Horta recupere depressa
- Portugal Diário
- 11 fev 2008, 22:11
Presidente do Parlamento quer o Presidente em funções dentro de um mês
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