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Espanha: resultados oficiais das eleições

Mariano Rajoy (EPA/JAVIER LIZON)

Maioria absoluta histórica do PP

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O Partido Popular (PP) governará em Espanha com uma ampla maioria absoluta, de 186 mandatos (dos 350 do Congresso de Deputados), órgão que terá 13 partidos representados, quando estão escrutinados 99,98 por cento dos votos de domingo.

Os dados escrutinados referem que a abstenção foi maior do que em 2008, tendo votado apenas 71,69 por cento dos eleitores, contra os 73,85 que votaram há três anos, refere a Lusa.

Também houve um aumento dos votos nulos (318 mil), de 0,64 para 1,29 por cento, e dos votos em branco (333 mil), de 1,11 para 1,37 por cento.

O PP conseguiu mais de 550 mil votos (cresceu de 39,94 para 44,62 por cento dos votos), mas aumentou a sua representação parlamentar de 154 para os históricos 186, a mais sólida maioria absoluta da sua história.

No sentido inverso movimentou-se o PSOE, que registou o pior resultado da democracia espanhola, tendo perdido cerca de 4,3 milhões de votos (de 43,87 para apenas 28,73 por cento) e 59 mandatos para 110.

Grande parte dos votos do PSOE foram para as formações minoritárias, com as forças nacionais mais pequenas a aumentarem o seu número de votos e as forças nacionalistas, à excepção da coligação basca Amaiur, a perderem votos.

O novo Congresso de Deputados terá 13 forças políticas.

A terceira força em número de votos é a Esquerda Unida, cresceu de 969 mil para 1,68 milhões, mas, apesar do seu aumento de dois para 11 deputados, perde o terceiro lugar na representação parlamentar para os catalães da CiU.

A CiU obteve mais 300 mil votos, para cerca de um milhão, e conseguiu aumentar de 10 para 16 a sua representação no Congresso.

Em quarto lugar, em termos de representação parlamentar, está a estreante Amaiur, com sete deputados, mas foi a União Progresso e Democracia (UPyD) que ficou em quatro em termos de votos, aumentando de 306 mil para 1,14 milhões o seu apoio.

Apesar de ter cinco deputados (tinha um), a UPyD não vai conseguir formar grupo parlamentar próprio, já que obteve apenas 4,69 por cento dos votos, aquém dos cinco por cento mínimos necessários.

O novo Congresso terá ainda cinco deputados do PNV (menos um), três da Esquerra (catalã) - os mesmos que mantinha - e dois cada do BNG (Galiza) e da CC (Canárias), que mantêm a sua representação.

Estreiam-se no Congresso três outras formações, cada uma com um deputado: Compromis-Equo, FAC e GBAI.

O PP conseguiu a hegemonia nas Cortes espanholas, vencendo também com maioria absoluta a eleição dos senadores da câmara alta, o Senado.

Com 99,51 por cento dos votos para o Senado já escrutinados, o PP obteve 136 deputados, mais 35 que os 101 que elegeu em 2008, enquanto o PSOE perde 40 dos 88 que detinha para apenas 48.

A este valor obtido pelo PSOE somam-se ainda os sete do Partido Socialista da Catalunha e seus parceiros, que também perderam apoio, face aos 12 obtidos em 2008.

A Convergência e União (CiU) da Catalunha obteve 9 senadores, mais cinco do que os que elegeu em 2008, o Partido Nacionalista Basco (PNV) elegeu quatro (mais dois), a estreante coligação abertzale basca elegeu três e a Coligação Canária manteve o senador que detinha.

O resultado evidencia igualmente o descontentamento face à existência do Senado, numa altura em que crescem as vozes a favor de uma reforma da lei eleitoral que passa pela eventual alteração das funções da câmara alta.

O número de votos em branco cresceu significativamente, de 2,06 para 5,37 por cento, com cerca de 1,26 milhões de votos em branco, a que se somam 899 mil votos nulos (aumentaram de 2,3 por cento para 3,7 por cento).

A abstenção para o Senado também cresceu, tendo votado apenas 71,16 por cento dos eleitores, comparativamente aos 74,49 por cento que votaram em 2008.
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