Mindy Kaling's brother: I faked being black. #affirmativeaction at work here ?... http://t.co/76JwMVWkAZ
— cooldoc (@cooldoc545) 8 abril 2015
Segundo o blog do jovem de ascendência indiana, o plano foi traçado em 1998 depois de perceber que não tinha notas suficientemente boas para poder entrar na Universidade de Medicina, sendo um jovem índio-americano.
Para além da mudança de visual, também se juntou a uma organização de estudantes negros e usou o nome do meio que melhor se identificava com a raça negra, JoJo.«Rapei a cabeça, cortei as minhas longas pestanas indianas e inscrevi-me na Universidade como se fosse de raça negra. A minha mudança foi tão surpreendente que até os meus colegas demoraram algum tempo para me reconhecer».
No entanto, nem tudo foi um «mar de rosas».
O rapaz que se descreve como «um escritor profissional, professor de entrevista e consultor de graduação escolar», diz que o plano resultou e apesar de só ter conseguido uma nota média de 3,1 (em 5), foi bastante requisitado por escolas médicas superiores.«Polícias assediaram-me, empregadas acusaram-me de roubo, mulheres que tinham medo de mim e outras que não conseguiam estar longe de mim. O que começou por ser uma manobra desonesta de conseguir a admissão na escola, tornou-se uma experiência social».
A «ação afirmativa» como lhe chamou, tem sido notícia nos últimos anos, levando até o Supremo Tribunal em 2013 a afirmar que os programas de admissão deviam ser restruturados. No ano passado, sob impulso do mesmo, a Universidade de Medicina de Saint Louis removeu o uso racial como forma de admissão.
Apesar das declarações de Chokal-Ingam, a Universidade de Medicina de Saint Louis- SLU, garante que a raça nunca foi uma regra de admissão.«Destrói milhões de sonhos de índios-americanos, asiáticos americanos e brancos que procuram trabalho e uma educação superior. Também cria estereótipos negativos sobre as habilitações académicas e capacidades profissionais de africo-americanos e profissionais espanhóis, que não precisam de uma assistência especial para conseguir competir com outros grupos maioritários»
Tendo em conta as palavras de Solomon, nem todos aceitaram de bom grado a atitude do rapaz indiano. Há quem não perceba «Como é que Vijay contesta os benefícios da #affirmativeaction quando ele não conseguiu a admissão através dela na SLU» e até quem seja mais agressivo e lhe chame «idiota».«As pontuações e a média preenchiam os critérios de admissão naquela época, na SLU, pelo que a sua raça e etnia não foi um fator de admissão na Universidade», afirma a porta voz da SLU, Nancy Solomon.
How does @VijayIngam disprove the benefits of #affirmativeaction when he never gained admission to SLU based on it?
— Ihreboothang Peppars (@TrnGangDatabase) 7 abril 2015
Btw @mindykaling's brother is an idiot. #almostblack #definelyanass #affirmativeaction
— Michael Benjamin (@SquarePegDem) 6 abril 2015
Também a escritora e comentadora, Mary Elizabeth Williams deu o seu parecer: «Seja o que for que sintas sobre a ação afirmativa, vamos ter em conta que essa experiência pessoal aconteceu há uma década e meia - uma experiência que em ultima instância não levou ao dilúvio das cartas de aceitação – não é realmente um indicativo do atual estado de admissão das universidades».
Quanto à irmã, Mindy Kaling, atual estrela da série «The Mindy Project», está entre aqueles que «desaprovam fortemente o livro», que pensa «trazer vergonha para a família».