O desafio de construir Brasília, que comemora quarta-feira seu cinquentenário, representa o «segundo descobrimento do Brasil», disse à Lusa a filha de Lúcio Costa, o urbanista da «capital da esperança».
«Portugal descobriu o Brasil para Portugal, e o Juscelino Kubitschek (JK) descobriu o Brasil para o Brasil, 50 anos - disso é que estamos a festejar», afirmou Maria Elisa Costa.
A decisão foi do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. A capital do país deixou de ser o Rio de Janeiro e foi deslocada com o objectivo de desenvolver interior. Lúcio Costa foi o grande responsável pelo plano urbanístico da cidade, e o arquitecto Oscar Niemeyer projectou os principais prédios públicos da nova capital.
«Eu fui a primeira pessoa a saber num pedacinho de papel como essa cidade seria», salientou a filha do criador do plano urbanístico da capital - o Plano Piloto.
Para comemorar os 50 anos, estão previstas muitas iniciativas na capital brasileira, entre elas, uma moeda comemorativa e uma série de selos e de postais, intitulada «Brasília - Sonho e Realidade - Monumentos e Arquitectura», que serão lançadas esta quarta-feira para comemorar os cinquenta anos da capital do Brasil.
A moeda comemorativa traz imagens das principais construções da cidade, como o Congresso Nacional, a Catedral de Brasília e o Palácio do Planalto e tem gravada a frase «Património da Humanidade ¿ Unesco».
Na parte inferior da moeda, há a legenda «Brasília 1960 ¿ 2010» e, no verso, a representação esquemática do Plano Piloto, projectado pelo arquitecto Lúcio Costa.
Brasília, «o segundo descobrimento do Brasil» faz 50 anos
- Redação
- SM
- 21 abr 2010, 18:00
O então presidente, Juscelino Kubitschek, quis desenvolver o interior e por isso deslocou a capital
Continue a ler esta notícia