«Camisas vermelhas» desafiam ordem de rendição - TVI

«Camisas vermelhas» desafiam ordem de rendição

Tailândia: protestos sem fim

Manifestantes anti-governamentais recusam deixar local onde se encontram, em Banguecoque

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A zona de Banguecoque onde se encontram cerca de 5 mil manifestantes anti-governamentais continua ser marcada por uma elevada tensão. Depois de ultrapassado o prazo dado para a rendição, os «camisas vermelhas» recusam deixar o local, numa altura em que militares estão a utilizar fogo real.

«Vamos continuar aqui. E vamos pedir a todas as pessoas que não tenham medo. Fiquem apenas sentadas quietas e fiquem aqui. Não ripostem. E se eles nos quiserem matar, deixai-os matar-nos», disse Weng Tojirakarn, um dos líderes dos protestos, aos manifestantes, citado pela BBC.

O governo tailandês, depois de ter recusado a mediação das Nações Unidas para dialogar com os manifestantes, salientou que está disposto a negociar desde que os «camisas vermelhas» deixem o local onde estão acampados.

Apesar do prazo dado pelo governo para a retirada ter terminado esta manhã e de ter sido anunciada a morte do renegado general Khattiya Sawasdipol no hospital, os manifestantes dizem que não irão render-se.

Só desde a quinta-feira passada, dia em que Sawasdipol foi atingido a tiro na cabeça, morreram já 36 pessoas e 250 ficaram feridas em confrontos com as autoridades.

O executivo tailandês garantiu transporte para casa a todos os que decidissem deixar o local voluntariamente, ameaçando que quem ficasse não estaria em segurança e incorreria numa pena até dois anos de prisão.

Um correspondente da BBC no local salienta que a situação está muito tensa e que os soldados estão a disparar fogo real sobre os manifestantes, para os manterem a uma distância segura.

Apesar dos confrontos em Banguecoque, foi já decretado o estado de emergência em 22 províncias do país. O objectivo é travar a chegada à capital de mais manifestantes.
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