Timor: militares e polícias australianos a caminho - TVI

Timor: militares e polícias australianos a caminho

  • Portugal Diário
  • 11 fev 2008, 22:48
Major Alfredo Reinado morto (foto Lusa)

Nova Zelândia pode aumentar contingente. ONU pede calma ao povo

Os 120 militares e 70 polícias australianos enviados de emergência para Díli já partiram da cidade australiana, devendo chegar a Díli, em três aviões C-130, terça-feira, confirmou o ministro da Defesa australiano.

Entretanto, a reunião de emergência das Nações Unidas terminou e a mensagem que saiu desse encontro de emergência é muito clara: a ONU condena o duplo atentado, e pede que seja feita justiça em relação aos autores. Pede ainda calma ao povo timorense.



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O ministro australiano disse à rádio pública ABC, em Sidney, que além das tropas está também a caminho a fragata HMAS Perth que ficará no porto de Díli como «mensagem clara» para quem possa querer destabilizar a situação no terreno.

«A situação está calma mas a experiência histórica demonstra que os efeitos de casos como este em Timor-Leste se sentem um pouco mais tarde», disse.

«A decisão de posicionar tantos efectivos no terreno é de deixar uma mensagem clara aos rebeldes ou a qualquer outro que possa estar a pensar mudar essa situação calma, de que estamos muito apostados em manter a calma e de que tomaremos qualquer medida para garantir isso», afirmou.

O envio das tropas, polícias e da fragata é, segundo Fitzgibbon, um «sinal sério» de que Camberra está empenhada em «ajudar a manter a lei e a ordem», demonstrando a eventuais elementos problemáticos que «há uma força significativa no terreno».

Nova Zelândia também disponível para ajudar

O governo neozelandês confirmou esta segunda-feira que tem um batalhão militar prestes a partir, a qualquer momento, para Timor-Leste, estando ainda em curso negociações com outros países no intuito de definir um eventual alargamento das forças no terreno.

Winston Peters, ministro neozelandês dos Negócios Estrangeiros, disse que ainda não foi tomada uma decisão de enviar os reforços, para se juntarem aos 170 militares e 25 policiais da Nova Zelândia já em Timor-Leste.

«Tem que ser uma decisão internacional. Estamos a decidir com outros países e com a Austrália em particular, exactamente o que vai ser preciso», afirmou.
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