2,5 milhões de pessoas vítimas de tráfico - TVI

2,5 milhões de pessoas vítimas de tráfico

  • Portugal Diário
  • 13 fev 2008, 22:01
Tráfico humano alimenta redes de prostituição na Europa

Obrigados a trabalho forçado ou prostituição, sofrem violência física e sexual

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Cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas anualmente de tráfico humano e de suas várias formas de exploração, trabalho forçado ou prostituição, segundo estimativas divulgadas pelas Nações Unidas e citadas pela Agência Lusa.

Este número foi avançado na sessão de abertura do Fórum Global Contra o Tráfico de Pessoas das Nações Unidas (ONU), que decorre até sexta-feira em Viena, Áustria.

O evento reúne mais de mil especialistas de todo o mundo, políticos, organizações não-governamentais e vítimas de tráfico humano, com o objectivo de encontrar formas de combater este fenómeno que, segundo estimativas da ONU, produz lucros que ultrapassam os 31 mil milhões de dólares anuais, mais de 21 mil milhões de euros.

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O crime em causa - segundo a definiçao da ONU inclui o aliciamento, o transporte e o alojamento de pessoas sob o uso da força ou outras formas de coação - afecta, sobretudo, pessoas com idades entre 18 e 24 anos, embora as estimativas apontem também que 1,2 milhões de menores sejam igualmente traficados em todo o mundo.

A organização internacional adiantou que 95 por cento das vítimas sofrem violência física ou sexual e que 43 por cento - na sua grande maioria mulheres - são forçadas à prostituição.

Segundo a ONU, cerca de 32 por cento das vítimas, essencilamente raparigas e mulheres, são alvo de exploraçao laboral, sobretudo nos sectores têxteis, industriais e agrícolas.

Das 2,5 milhões de pessoas que anualmente são traficadas em todo o mundo, cerca de 250.000 (10 por cento) são oriundas da América Latina, sendo que 1,4 milhões, ou seja 56 por cento, são originárias da Ásia.

As restantes vítimas são traficadas da África, da Europa do Leste e do Médio Oriente.

De acordo com os dados da ONU, um total de 161 países são afectados por este tipo de crime, seja como países de origem, trânsito ou destino do tráfico de seres humanos.

A ONU estima que o negócio clandestino de tráfico de pessoas e a sua consequente exploração laboral e sexual rendam anualmente lucros na ordem dos 31.700 milhões de dólares para as redes de tráfico ilegais.
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