O Papa Bento XVI mostrou-se esta segunda-feira contrário a todas as leis «que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos», informa a EFE.
O Sumo Pontífice, que falava perante embaixadores dos 178 Estados que mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé e que foram recebidos no Vaticano durante a tradicional audiência do início de ano, pronunciou um discurso de carácter vincadamente político.
Segundo o cardeal Joseph Ratzinger, as criaturas são diferentes umas das outras e, como mostra a experiência quotidiana, «podem ser protegidas ou colocadas em risco de diversas formas».
«Um dos ataques provém de leis ou projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos. Refiro-me, por exemplo, a países europeus ou do continente americano», especificou.
As palavras soaram a uma condenação implícita das pessoas
que mudam de sexo e dos casamentos homossexuais.
Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, África do Sul, Canadá e vários estados dos EUA já reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, recentemente, a Cidade do México promulgou reformas do Código Civil, permitindo que os casais homossexuais casem e adoptem crianças em igualdade de circunstâncias com os heterossexuais.
Frisando que Deus criou os seres humanos como «homem» e «mulher», o Papa considera que a liberdade não pode ser absoluta e, como tal, «o rumo a seguir não pode ser fixado pela arbitrariedade do desejo [do Homem], devendo estar em sintonia com a estrutura pretendida pelo Criador».
Já em 2009, num encontro com a Cúria romana, Bento XVI criticara as mudanças de sexo e defendera uma «ecologia do Homem, que o proteja da autodestruição».
Casamento gay: «Liberdade não pode ser absoluta», diz Papa
- Redação
- CLC
- 11 jan 2010, 21:44
Bento XVI mostrou-se contrário a todas as leis «que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos»
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