Ciganos: França considera «excessivas» declarações de eurodeputados - TVI

Ciganos: França considera «excessivas» declarações de eurodeputados

Ciganos saem de França (MAXPPP/LUCAS HAEGELI)

Política francesa foi severamente criticada num debate no Parlamento Europeu

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A França considerou «totalmente excessivas» declarações de deputados europeus num debate no Parlamento Europeu, durante o qual a sua política em relação aos ciganos foi severamente criticada.

«Achei as declarações (...) totalmente excessivas e injustas acerca da política da França em relação aos ciganos», disse o secretário de Estado para os Assuntos Europeus francês, Pierre Lellouche, numa declaração à agência noticiosa francesa AFP.

«A França limita-se a aplicar o Tratado de Lisboa, o direito europeu e a directiva de 2004. O direito de residência dos cidadãos romenos, búlgaros, irlandeses ou belgas ou de outros países é limitado a três meses e submetido a uma série de condições, está estritamente regulamentado», adiantou.

Hoje, em Estrasburgo, vários grupos políticos, entre os quais os socialistas, os liberais e os verdes, assim como os comunistas, apresentaram projectos de resolução condenando as expulsões de cidadãos romenos e búlgaros pelas autoridades francesas. A votação destas resoluções é na quinta-feira.

O chefe dos liberais, Guy Verhofstadt, antigo primeiro-ministro belga, alertou contra a «tentação populista, às vezes racista» que, segundo ele, se revela em França e noutros países da União Europeia.

«Estes oradores sabem perfeitamente. O desmantelamento dos campos de ciganos foi sob o controlo do juiz e a pedido de municípios» de todos os quadrantes políticos, reagiu Pierre Lellouche.

O secretário de Estado francês, que se desloca na quinta e sexta-feira a Bucareste com o ministro da Imigração, Eric Besson, pôs novamente em causa a Roménia, de onde é oriunda a maioria dos ciganos que tenta emigrar para o oeste da Europa.

«Nós lidamos com a falha de um Governo europeu, que não cumpre as suas obrigações em relação aos seus próprios cidadãos», disse.
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