O director dos serviços de Informação do Vaticano desvalorizou recentes ameaças lançadas contra o Papa pela al-Qaeda, considerando que a organização «tem medo dos muçulmanos que dialogam», noticiou esta terça-feira a agência católica Ecclesia, escreve a Lusa.
As ameaças surgiram após um encontro de Bento XVI com o rei da Arábia Saudita, entendido como uma ofensa pela organização fundamentalista islâmica.
Ayman al-Zawahiri, «número 2» da al-Qaeda, criticou, em entrevista divulgada pela produtora audiovisual «As-Sahab», citada pela Ecclesia, a recente e inédita visita do monarca Abdullah a «um Papa que ofendeu o Islão e os muçulmanos».
Para o director dos serviços de Informação da Santa Sé, padre Federico Lombardi, «os contactos de diálogo com representantes muçulmanos autorizados, como o rei da Arábia Saudita e outros 138 líderes islâmicos, são significativos para todo o mundo muçulmano».
«A existência dessas vozes que querem, de modo explícito, dialogar e comprometer-se pela paz, e que adquirem importância crescente no Islão, representa algo que preocupa quem não quer este diálogo», sublinhou.
As declarações do padre Federico Lombardi sobre a al-Qaeda são conhecidas um dia depois de o responsável ter revelado que Bento XVI tem um «grande desejo» de ir à Terra Santa, embora essa viagem esteja condicionada a «sinais positivos» de Israel.
Como «condições para uma viagem do Papa», o director dos serviços de Informação do Vaticano enumerou a «pacificação da situação na região e o envio, por parte de Israel, de sinais positivos nas negociações bilaterais», que na semana passada conheceram um impasse.
Federico Lombardi frisou que «não há nenhum projecto concreto de viagem à Terra Santa».
Igreja Católica diz que al-Qaeda «tem medo»
- Portugal Diário
- 18 dez 2007, 22:58
«Dos muçulmanos que dialogam», afirmou director dos serviços de Informação do Vaticano
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