A nicotina líquida dos cigarros eletrónicos pode ser mortal - TVI

A nicotina líquida dos cigarros eletrónicos pode ser mortal

Fumador (Reuters)

Uma colher de chá deste líquido é suficiente para matar uma criança

A nicotina líquida, usada nos cigarros eletrónicos pode ser fatal se ingerida ou entrar em contato com a pele, escreve o «The New York Times», que cita especialistas e dados dos Centros de Controlo de Envenenamentos. Uma colher de chá deste líquido é suficiente para matar uma criança pequena.

«Não é uma questão de uma criança poder ser envenenada ou morrer devido a este líquido», afirmou ao «The Times» Lee Cantrell, do Centro de Controlo de Envenenamentos da Califórnia. «A única é dúvida é quando», explicou. A sua ingestão ou o contato com a pele pode causar vómitos, convulsões e, em última instância, levar à morte.

Na verdade, ao contrário dos cigarros tradicionais, altamente controlados na sua produção e venda pelas autoridades, os cigarros eletrónicos e a nicotina líquida que o enche, não são regulados ou regulamentados. Apesar de se considerar que fazem menos mal que o tabaco tradicional, não há nenhum estudo conclusivo sobre os seus efeitos na saúde.

O aumento do consumo dos cigarros eletrónicos tem feito subir a procura por este líquido que se pode vender, por exemplo, em pequenos frascos. Nos Estados Unidos, só em 2012, mais de um milhão e setecentos mil de jovens experimentou estes cigarros.

Os especialistas consideram a nicotina líquida um veneno, equivalente a algumas drogas perigosas que podem ser consumidas com receita médica. Aos pais deixam um alerta: «mantenham os cigarros eletrónicos e a nicotina líquida longe» das crianças.

Perante uma situação extrema, como a ingestão da nicotina, o conselho é levar de imediato a criança ao hospital, sem tentar induzir o vómito. Se tiver existido contato com a pele, o ideal é lavar de imediato a zona com sabão e muita água.

Desde 2011 há apenas registo de uma morte, nos Estados Unidos, relacionada com nicotina líquida. Um homem suicidou-se injetando a nicotina. Mas o número de acidentes e envenenamentos tem mais do que duplicado de ano para ano.
Continue a ler esta notícia