Reino Unido: videojogo violento proibido

As autoridades inglesas recusaram de novo lançar o videojogo «Manhunt 2» por manter na versão revista imagens «demasiado violentas», decisão que tem repercussão em Portugal, disse hoje à Lusa fonte da distribuidora.

A British Board of Film Classification (BBFC), entidade que classifica os videojogos no Reino Unido, avaliou a versão revista do «Manhunt 2», considerando que as alterações são insuficientes e mantêm muita da violência original.

«Fizemos mais sugestões para o jogo, mas o distribuidor decidiu não alterar, e em resultado disso resolvemos rejeitar o jogo para as duas plataformas - Wii e Playstation2», pode ler-se num comunicado do director do BBFC, David Cooke.

O director da BBFC explicou que houve uma redução no detalhe visual de algumas execuções, mas noutras mantém-se a mesma «natureza visceral e sádica».

A produtora do jogo, a norte-americana Rockstar Games, já recorreu da decisão das autoridades inglesas, adiantando que as modificações que pedem são «inaceitáveis» e «representam um recuo para a indústria dos videojogos».

O impacto desta decisão, à semelhança do que aconteceu com a versão original do jogo, alastra-se a toda a Europa, incluindo por isso Portugal, segundo explicou fonte da distribuidora no país, a Infogames.

Em Junho, a mesma entidade inglesa já tinha proibido a comercialização do jogo no Reino Unido e Irlanda, prevista para meados de Julho, obrigando a produtora a rever todas as imagens, que considerava de violência excessiva.

Nos Estados Unidos, o «Manhunt 2», da mesma produtora de outros jogos polémicos como «Grand Theft Auto», estará à venda a partir de dia 31, também com uma versão revista e classificada para maiores de 17.

Neste jogo, o utilizador assume o papel de um fugitivo de um sanatório e para continuar a sua fuga vai matando pessoas pelo caminho.