Amante de diretor da CIA tinha medo de socialite sedutora

O folhetim Petraeus nos Estados Unidos adensa-se a cada dia. Uma investigação do Pentágono tenta perceber a existência de mais envolvidos e se houve ou não uma falha na proteção da segurança nacional.



O caso complicou-se nas últimas horas para o lado de John Allen, o comandante das forças militares no Afeganistão, onde os EUA mantêm a mais longa frente de guerra desde o Vietname.

O problema é, agora, Jill Kelley, a socialite sedutora com queda para militares de alta patente.

Paula Broadwell, a amante do ex-diretor da CIA, David Petraeus, tinha medo de Kelley e achava que estaria a insinuar-se a Petraeus, com quem mantinha uma ligação. Aliás, há quem diga que o adultério era prática corrente na direção da CIA.

Paula Broadwell, que terá terminado tudo com Petraeus há quatro meses, desdobrou-se em emails descontrolados e carregados de ciúmes para várias pessoas. Entre elas, sabe-se agora, está outro general, John Allen, o comandante das forças no Afeganistão.

Paula avisou-o por email que Jill Kelley se estaria a insinuar também a ele e que por isso deveria ter cuidado.

Tarde demais: Jill Kelley e o comandante das forças no Afeganistão já estariam envolvidos há pelo menos dois anos, em segredo.

Jill Kelley dava festas na mansão de mais de um milhão de dólares, que partilha com o marido cirurgião em Tampa na Florida. Nessas festas estavam sempre militares de patentes altas, John Allen e o ex-diretor da CIA frequentavam a casa de Kelley.

O pentágono prossegue com as investigações, numa altura em que as duas mulheres, Jill Kelley e Paula Broadwell, estão proibidas de entrar em qualquer base ou quartel militar norte-americano.

O ex-diretor da CIA, David Petraeus, falou pela primeira vez para garantir a uma televisão associada da CNN que não partilhou nenhuma informação classificada com a amante Paula Broadwell.