Ucrânia: referendo decide futuro da Crimeia - TVI

Ucrânia: referendo decide futuro da Crimeia

Ministros da Defesa da Ucrânia e da Rússia acordaram uma trégua na região até 21 de março

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Atualizado às 16:46

No dia em que se está a realizar o referendo na Crimeia, os ministros da Defesa da Ucrânia e da Rússia acordaram uma trégua na região até 21 de março.

Segundo o governo de Kiev, este acordo prevê que as instalações militares ucranianas situadas na península não serão alvo de qualquer ação nos próximos dias. Várias unidades militares ucranianas estão cercadas por homens armados leais a Moscovo.

Até agora, têm-se mantido uma situação de impasse nestes locais, mas não era claro o que aconteceria se os habitantes da Crimeia decidissem tornar a região uma província russa - como poderá acontecer após o referendo de hoje.

De acordo com o governo interino da Ucrânia, estão na Crimeia 22 mil militares russos, fora da base naval de Sebastopol, o que é considerado por kiev uma violação de soberania.

As assembleias de voto abriram hoje às 08:00 (06:00 em Lisboa) para a realização do referendo.

Um milhão e meio de eleitores são chamados às urnas, ainda que a minoria tártara (12% da população) tenha decidido boicotar a consulta, contestada em uníssono pelo Ocidente e por Kiev e definida como «legítima» por Moscovo.

Mais de 1.200 assembleias de voto vão estar abertas em toda a Crimeia até às 20:00 (18:00 em Lisboa).

Esta tarde, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, já fizeram saber que não vão reconhecer o resultado do referendo que consideram «ilegal e ilegítimo».

Também John Kerry, secretário de estado norte-americano, reafirmou que não vai reconhecer o resultado da consulta popular.

Ataque informático contra NATO reivindicado por piratas ucranianos

A autoria do «significativo» ataque lançado, no sábado, contra várias páginas na Internet da NATO, foi reivindicada por um grupo de piratas informáticos ucranianos.

«Nós declaramos que hoje, às 18:00, lançámos um ataque contra a NATO», indicou um grupo autodenominado de «CyberBerkout», num comunicado publicado no seu portal na Internet.

«Não admitiremos em território da nossa pátria a presença da NATO», acrescenta o grupo, numa nota citada pela agência AFP.

A informação sobre o ataque foi confirmada pela a porta-voz da Aliança Atlântica, Oana Lungescu, através do Twitter.

«Não houve qualquer impacto operacional», garantiu a porta-voz da Aliança Atlântica, apesar de reconhecer que os portais foram alvo de «um importante ataque por negação do serviço distribuído (DDoS)».
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