Produção do novo VW Cabrio na Autoeuropa cria 500 novos empregos - TVI

Produção do novo VW Cabrio na Autoeuropa cria 500 novos empregos

A Autoeuropa vai ser responsável pela produção do novo Volkswagen Cabrio. O novo modelo, para além de assegurar a continuidade da fábrica de Palmela, conseguiu também atrair investimentos na ordem dos 70 milhões de euros e a criação de 500 novos postos de trabalho.

Em conferência de imprensa, o director-geral da fábrica de Palmela, Emilio Sáenz, revelou que o parque industrial da Autoeuropa vai acolher quatro novos fornecedores (dois em joint-venture), que se juntam aos 12 actualmente existentes. Além disso vai ainda receber um centro de formação com capacidade para 350 formandos e que resulta de uma parceria entre a Volkswagen, a Bosch, a Siemens, a Câmara de Comércio Luso-alemã e a Seat.

No que diz respeito aos novos fornecedores, eles destinam-se essencialmente à produção do VW Cabrio, mas também irão estar já preparados para num futuro próximo poder acolher um novo modelo que a fábrica espera ganhar. Nesse sentido e de acordo com Emilio Sáenz, o maior forcing nesta altura é pelo «novo Sharan» que vai substituir o actual modelo, com fim previsto para 2007, também produzido na fábrica de Palmela.

Contudo, segundo o mesmo, se tal vier a acontecer, serão necessários «novos investimentos» adicionais aos já realizados (parcialmente) e acordados com o Governo em 2003, na ordem dos 600 milhões de euros. «Se vier um novo carro terá que ser feito tudo de raiz, não só na Autoeuropa como nos fornecedores», afirmou, acrescentando que tal poderá corresponder a «várias centenas de milhões de euros».

Os novos fornecedores são a Webasto, responsável pelo tejadilho retráctil do novo veículo, considerada «a imagem de marca», com um investimento de 12 milhões de euros e a criação de 200 novos empregos, a INAPAL em joint venture com a SPPM que serão responsáveis pelo centro de pintura, pela bagageira e pela injecção de plásticos e montagem, num investimento de 52,7 milhões de euros e 251 postos de trabalho. O quarto é a Matrisa, que à semelhança da INAPAL é de origem portuguesa, e que irá ser responsável pelos moldes para estampagem, permitindo a criação de 40 novos empregos, numa fase de arranque, num investimento de 6 milhões de euros.

Quanto a futuros fornecedores, segundo o responsável do departamento de infra-estruturas e ambiente da Autoeuropa, João Alves, «neste momento, a colocação de mais investidores depende da chegada ou não do novo produto». Ainda assim, Emilio Sáenz revela que estão em negociações com mais dois fornecedores, um de Pamplona e outro de Palencia, acrescentando no entanto que, «não está a ser fácil atrair novos fornecdores».

Relativamente ao novo VW Cabrio (que ainda não tem nome definitivo), Emilio Sáenz adianta que os primeiros modelos começam a sair da fábrica no final de 2005, para estarem disponíveis no mercado europeu no primeiro trimestre de 2006, e dois ou três meses depois nos EUA, mercado que será responsável por 32% da produção total. Quanto ao seu preço o responsável refere que alguns modelos ficarão «abaixo dos 30 mil euros».

Em termos de estimativas de produção o mesmo espera que durante este ano sejam produzidos «alguns milhares», sendo que, em velocidade cruzeiro, a partir de Março de 2006, o mesmo adianta que a capacidade da fábrica é de 300 unidades diárias, divididas por três turnos (de 230 dias).

O novo modelo virá equipado com quatro motorizações a gasolina (1.6, 2.0, 2.0 turbo e 3.2, um motor típico para os EUA) e um a gasóleo com 2,0 litros de cilindrada.
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