Ahmadinejad recebido com insultos em Nova Iorque - TVI

Ahmadinejad recebido com insultos em Nova Iorque

  • Portugal Diário
  • 24 set 2007, 22:22

Líder iraniano esteve na Universidade de Columbia

O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, lamentou ter sido recebido «com insultos» na Universidade de Columbia (Nova Iorque), depois de o reitor, Lee Bollinger, ter dito que o governante tinha todos «os traços dos ditadores», informa a agência Lusa.

Ao fazer a apresentação do líder iraniano, Bollinger leu uma declaração em que atacou o regime de Teerão pela sua atitude face a Israel, ao Holacausto e aos direitos humanos.

«A declaração lida é um insulto ao conhecimento deste auditório», assegurou Ahmadinejad no início da sua intervenção, lamentando que a leitura do texto tenha demorado mais tempo do que o que lhe foi concedido para falar: «Vim livremente para expressar-me e não me vou deixar impressionar por este acolhimento que seguramente está condicionado pela pressão política e da imprensa».

O convite que este prestigiado centro universitário fez ao chefe de Estado iraniano para explicar a situação do seu país, aproveitando a sua estada em Nova Iorque para participar no debate da 62ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, gerou uma polémica nos meios político, académico e social dos Estados Unidos.

Ahmadinejad defendeu os antecedentes do seu país em matéria de direitos humanos, enquanto centenas de manifestantes protestavam contra a sua presença na cidade e a sua participação nos debates das Nações Unidas.

Tanto à entrada da Universidade de Columbia como nas imediações da sede central da ONU, centenas de pessoas concentravam-se para manifestar a sua oposição a Ahmadinejad, por negar o Holocausto, rejeitar a existência de Israel e apoiar alegadamente as milícias xiitas no Iraque.

Quanto ao Holacausto, que na sua opinião é «um mito», Ahmadinejad questionou por que não se permite «que se façam mais investigações» se é de facto uma realidade. Além disso, «se ocorreu na Europa, porque é que os palestinianos têm de sair e ceder a sua terra», questionou.
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