Governo «está do lado dos ricos» - TVI

Governo «está do lado dos ricos»

  • Portugal Diário
  • 13 out 2007, 20:25

Jerónimo de Sousa reage arduamente ao Orçamento de Estado para 2008

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este sábado que o Orçamento de Estado para 2008 veio confirmar que o governo socialista «está ao lado dos ricos», beneficiando «o capital financeiro e os grandes grupos económicos», informa a agência Lusa.

Ao intervir em Viseu num debate de preparação para a conferência sobre questões económicas e sociais que o PCP vai realizar em Novembro, Jerónimo de Sousa criticou o facto de, no plano da justiça fiscal, o OE prever «para o capital financeiro e os grandes grupos económicos milhões e milhões de benefícios fiscais».

«Mas em relação às pequenas reformas, a quem ganha pouco mais de 600 euros por mês, a esses vão rapar», criticou, concluindo que «mais uma vez se confirma que este Governo está ao lado dos ricos».

O secretário-geral do PCP lamentou que o Governo de José Sócrates venha tomando «medidas que vão no sentido de acentuar o fosso já existente entre pobres e ricos», frisando que «já está confirmado por instâncias internacionais e comunitárias que Portugal é o país campeão das desigualdades».

«O primeiro-ministro veio anunciar que superou o défice de 3,3 traçado para 2007, evidenciando tal feito como o grande êxito da sua governação, a sua grande coroa de glória. Não disse foi à custa de quê e de quem o conseguiu» e «quem perdeu com as suas políticas orçamentais restritivas», referiu.

Inquérito da Covilhã foi «faz-de-conta

Jerónimo de Sousa aproveitou para afirmar que o inquérito sobre a ida de dois polícias às instalações de uma estrutura sindical na Covilhã foi «um autêntico faz-de-conta» e por isso foi arquivado, comparando o arquivamento do caso à pescada: «antes de o ser já o era».

«É uma coisa grave, porque nós tivemos uma experiência histórica. E já passaram 33 anos», frisou, fazendo votos para que ela não se repita e nunca tenha de chamar ao primeiro-ministro «o nome mais feio que se pode chamar a um democrata e a um português».
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