Moreirense-Gil Vicente, 0-1 (crónica) - TVI

Moreirense-Gil Vicente, 0-1 (crónica)

Marreco ajuda o Gil a respirar: bola parada quebra o marasmo

Pausa gilista em Moreira de Cónegos. Dois meses depois o Gil Vicente volta a ganhar, impondo um travão na série de sete jogos sem ganhar e enche o peito de ar para estabilizar. Num cenário de turbulência, com Tozé Marreco em estreia no comando técnico, um golo na sequência de um canto, de Gbane, foi suficiente para o conjunto de Barcelos poder ganhar margem para a linha de água.

Frente a uma das sensações deste campeonato, mesmo o Moreirense estando claramente em quebra, o duelo minhoto não foi intenso nem emotivo. Foi organizada a equipa do Gil Vicente – entrou em campo apenas com um ponto de margem para o antepenúltimo lugar – percebendo-se o que estava em causa. Soube ser uma equipa coesa, notando-se até no festejo final.

A poder recuperar o sexto lugar, que pertence desde a véspera ao Arouca, o Moreirense deu uma imagem amorfa, pouco acutilante e, acima de tudo, sem soluções ofensivas naquele que é o seu pior momento da época no campeonato. Com o pior registo fora na Liga, apenas sete golos, e após dois jogos em branco, o conjunto de barcelense alcançou o essencial: os três pontos.

Marasmo cabeceado para canto por Gbane

Apesar de as duas equipas terem ainda objetivos – principalmente o Gil Vicente – a realidade é que o início do embate minhoto teve vários condimentos de final da época. Pouca acutilância de parte a parte, jogo demasiado pausado e posses de bola intercaladas entre as duas equipas, normalmente em zonas de pouco perigo.

A isto juntou-se um calor abrasador em Moreira de Cónegos para este jogo disputado ao início da tarde, o que ainda tornou o confronto mais pastoso e com poucos motivos de interesse. Foram raros os momentos de perigo junto às balizas de Caio Secco – em estreia nesta edição da Liga – e de Andrew.

O contraste deste marasmo foio cabeceamento de Mory Gbane, ao minuto 38, abrir o ativo na sequência de um pontapé de canto. Félix Correia movimentou no lado direito do ataque, no coração da área o marfinense impôs o seu físico para saltar mais alto do que toda a gente e desviar de cabeça de forma convicta para o fundo das redes.

Tentativas tímidas insuficientes

Dada a toada do jogo, teria de ser um rasgo de inspiração individual, ou um lance de bola parada, a fazer a diferença, acabando por ser um pontapé de canto a desfazer o nulo no marcador. Pouco concretizador na segunda metade do campeonato – após a saída de André Luís – o Moreirense tinha pela frente uma tarefa complicada.

Camacho ainda quis dar uma amostra de que era possível inverter a tendência logo no primeiro lance da segunda metade, a cabecear com perigo. Mas Andrew estava atento na baliza gilista, estendendo a vantagem da equipa do estreante Tozé Marreco. Ainda voltou a tentar Camacho, numa espécie de duelo individual, mas sem sucesso.

Segurou a vantagem mínima o Gil Vicente, num triunfo que pode ser revitalizador para a turma de Barcelos nesta reta final do campeonato. No imediato a chegada de Tozé Marreco teve o efeito pretendido. A equipa voltou a ganhar dois meses depois, podendo ganhar terreno aos últimos lugares.

 

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