IRS: Bloco quer acabar com deduções de educação, saúde e PPR - TVI

IRS: Bloco quer acabar com deduções de educação, saúde e PPR

Francisco Louçã

Sócrates diz que proposta custaria mil milhões de euros aos portugueses, sobretudo de classe média

Relacionados
O Bloco de Esquerda propõe, no seu programa eleitoral, acabar com os benefícios fiscais nos PPR, e também na saúde e educação. Ou seja, os portugueses deixariam de podem deduzir no IRS as despesas com estas duas áreas.

Veja o debate na íntegra

A proposta foi sublinhada por José Sócrates, no debate com Francisco Louça, líder do Bloco de Esquerda, transmitido pela RTP.

«Porque propõe que se eliminem os benefícios fiscais dos PPR e da Saúde e Educação? As pessoas que fazem estas deduções não são ricos mas sim da classe média», acusou lembrou José Sócrates.

Bloco quer CGD a cobrar juros mais baixos

Amorim pagaria 25 milhões de imposto sobre grandes fortunas

Na resposta, Francisco Louçã sublinhou outra parte do programa bloquista: «O BE não quer que haja uma floresta de benefícios fiscais, quer um sistema fiscal mais simples e mais justo. Não queremos um sistema cheio de armadilhas e esquinas, porque assim, só os mais informados é que se conseguem defender. Na saúde e educação, quero que sejam gratuitas. Não há sentido em estar a deduzir fiscalmente o que deve ser fornecido às pessoas. Eu defendo livros escolares gratuitos, que não haja propinas nem taxas moderadoras, que são um ataque aos pobres, à classe média e a todos».

José Sócrates fez as contas às propostas do Bloco de Esquerda, afirmando que acabar com os benefícios fiscais nos PPR e com as deduções das despesas de saúde e educação implicaria obrigar as famílias a pagar «mais mil milhões de euros».

«Na saúde são 610 milhões de euros que quer retirar à classe média, são 3,25 milhões beneficiários. Nos PPR são 414 mil beneficiários», disse.

«Não quero benefícios fiscais nos PPR. Os PPR foram incentivados com benefícios fiscais para dirigir a poupança para esses fundos. E isso teve um fim trágico: a bolsa caiu 80%, as pessoas não têm remunerações nesses PPR. Por isso, o que temos não é benefício fiscal, é perda fiscal», argumentou Louça.

Sócrates acusou Louça de uma «recaída ideológica». «É de um irrealismo!», sublinhou.

Veja aqui outros temas discutidos no debate
Continue a ler esta notícia

Relacionados