Quarto de Maddie outra vez revistado

Um dia depois da imprensa inglesa ter dado razão à Polícia Judiciária, o jornal Diário de Notícias informa que o quarto dos McCann no «Ocean Club» voltou a ser revistado, reafirmando a certeza de que a investigação se centra cada vez mais nas horas do desaparecimento de Maddie.

O regresso ao local acontece dois meses e meio depois dos cães pisteiros ali terem detectado odor a cadáver. Segundo o DN, nesta altura os investigadores já não têm qualquer dúvida sobre a morte da criança e a ocultação do seu cadáver pelos pais.

Apesar da saída de Gonçalo Amaral da chefia do caso, a linha de investigação mantém-se, com o seu ex-número dois (Tavares de Almeida) a marcar presença discreta no apartamento durante cinco horas, entre as sete horas da manhã e o meio-dia desta terça-feira.

Ingleses algo divididos

As notícias da imprensa londrina desta quarta-feira apontam sentidos opostos nas investigações. Enquanto o Times recupera a hipótese de rapto, o Daily Express refere a possibilidade de as crianças dos sete outros convivas no jantar no restaurante Tapas terem sido deixadas a dormir no apartamento juntamente com os três filhos do casal McCann.

A polícia portuguesa pediu à congénere britânica amostras de ADN e impressões digitais dos turistas britânicos que estiveram no Ocean Club na ocasião em que Madeleine McCann foi dada como desaparecida pelos pais, noticia o Times, que diz que o pedido foi feito «após os detectives terem encontrado indícios de um possível raptor».

Esta iniciativa, ocorrida um mês depois de o casal Gerry e Kate McCann terem sido constituídos arguidos, «dá a entender que os detectives não conseguem eliminar a possibilidade de que um estranho possa ter roubado a criança da sua cama».

O Daily Express noticia que, na terça-feira, três elementos da Policia Judiciária portuguesa terão passado nova revista durante várias horas ao apartamento onde esteve alojada a família McCann. A PJ suspeitará que não eram só os três filhos dos McCann que ali se encontravam na noite de 3 de Maio.

O porta-voz dos McCann, Clarence Mitchell, desmentiu esta possibilidade ao Daily Mirror: «Se se colocassem sete crianças no mesmo quarto ter-se-ia muito mais trabalho a adormecê-las do que se fossem apenas três».