O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que “gostaria de ouvir as explicações” da organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que adjudicou uma obra de 4,2 milhões de euros para a construção de um altar onde o Papa Francisco vai discursar.
Questionado pelos jornalistas sobre as notícias dessa polémica, Marcelo insistiu que só depois de saber tudo é que se pronunciará "sobre esses custos".
Em causa estão os custos do altar onde o Papa Francisco vai encerrar as JMJ. A obra foi adjudicada por uma empresa municipal da Câmara de Lisboa, por ajuste direto à construtora Mota-Engil e vai custar 4 milhões e 240 mil euros.
Apesar do valor elevado, a verba estava prevista no Orçamento do Estado para 2023. O altar-palco deve estar pronto entre junho e julho deste ano.
Na passada quinta-feira, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a contratação de um empréstimo de médio e longo prazo, até ao montante de 15,3 milhões de euros, para financiar investimentos no âmbito da JMJ.
Este empréstimo pretende assegurar o financiamento de investimento no âmbito da JMJ, que se realiza este ano em Lisboa entre 1 e 6 de agosto, nomeadamente a obra do Parque Tejo (38 hectares), a ponte ciclo pedonal sobre o rio Trancão (a realizar pela empresa municipal EMEL), o estacionamento e o palco, intervenções que se prevêem que fiquem para o futuro da cidade.
Segundo a proposta, “os empréstimos têm um prazo de vencimento adequado à natureza das operações que visam financiar, não podendo exceder a vida útil do respetivo investimento, nem ultrapassar o prazo de 20 anos, tendo-se obtido informação junto dos promotores das intervenções de que estas têm uma vida útil de 20 anos”.
O Presidente da República falava em Mafra, no final da apresentação da Operação Floresta Segura que a GNR vai levar a cabo entre os dias 1 de fevereiro e 30 de novembro.
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