Madeleine está desaparecida há dois meses

O casal McCann não organizou nenhum evento para assinalar hoje a passagem de dois meses desde que a filha de quatro anos desapareceu da Praia da Luz, em Lagos, mas vai dar uma entrevista colectiva a vários órgãos de comunicação social portugueses, diz a «Lusa».

A extensa investigação das autoridades policiais, que incluiu a inquirição a cerca de cem testemunhas e a análise de inúmeras pistas, não conduziu ainda a informações consistentes sobre o paradeiro da menina.

Na passada semana, a polícia espanhola deteve em Cádiz (Andaluzia, Sul de Espanha) um italiano e uma portuguesa, Danilo Chemello e Aurora Vaz, inicialmente suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento da criança.

Contudo, segundo noticiou a imprensa internacional, o casal queria apenas tentar apropriar-se dos quatro milhões de euros prometidos a quem desse informações sobre o paradeiro de Madeleine McCann.

Até ao momento foi constituído um único arguido no caso, Robert Murat, um cidadão inglês a residir no Algarve, e nenhuma das muitas pistas fornecidas às autoridades permitiu desvendar o misterioso desaparecimento.

Um jornalista espanhol, António Toscano, chegou a viajar até ao Algarve para ser inquirido na Polícia Judiciária (PJ) de Portimão, depois de ter afirmado publicamente ter informações sobre o alegado raptor.

De acordo com o seu testemunho, a criança foi raptada por um homem conhecido nos meios pedófilos pela alcunha de «El Francés», que diz encontrar-se na Europa e manter viva a menina britânica.

A última grande diligência conhecida da PJ para tentar encontrar a menina baseou-se numa carta anónima dirigida a um jornal holandês que indicava o local onde o corpo estaria enterrado, mas a pista viria a ser abandonada após três dias de investigação por falta de provas.

Um outro indício seguido de perto pela PJ é o testemunho de uma turista norueguesa, que afirma ter visto uma menina parecida com Madeleine numa bomba de gasolina na cidade de Marraquexe, em Marrocos.

No final do mês de Maio, o casal McCann iniciou um périplo pela Europa e Norte de África, que começou no Vaticano e passou por Madrid, Berlim, Amesterdão e Marrocos, onde se desdobrou em entrevistas para manter vivo o caso.

Depois da ronda por vários países, o casal recolheu à Praia da Luz, em Lagos, tendo mantido uma postura mais reservada e chegando mesmo a pedir aos jornalistas para não serem importunados.