Orçamento: PSD vai votar contra - TVI

Orçamento: PSD vai votar contra

  • Portugal Diário
  • 20 out 2007, 18:21

Luís Filipe Menezes apresentou oito razões para dizer «não»

A Comissão Política Nacional do PSD decidiu este sábado, por unanimidade, propor ao Grupo Parlamentar social-democrata o voto contra na generalidade à proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2008.

A posição do maior partido da oposição face à proposta de Orçamento do Estado para 2008 foi transmitida aos jornalistas pelo presidente do PSD, Luís Filipe Menezes que sublinhou que a proposta do Governo de Orçamento «faz Portugal divergir da Europa pelo nono ano consecutivo».

Aliás, acrescentou, «este Governo ficará para a história, porque, durante uma legislatura inteira e com bom ambiente internacional, não conseguirá colocar Portugal em convergência com a média europeia. Entre os 27 Estados-membros da UE, Portugal será o país que menos crescerá», justificou o presidente do PSD.

Menezes justificou também o voto contra por a proposta de Orçamento fazer com que, «pelo sétimo ano consecutivo, haja um decréscimo dos salários reais dos portugueses, designadamente dos funcionários públicos».

Mas há mais razões: «Votamos contra a proposta de Orçamento porque a consolidação orçamental se faz exclusivamente pelo lado da receita (através dos impostos) e porque não tem fiabilidade, já que assistimos a operações de desorçamentação massivas e ao encobrimento de dívidas do Estado a fornecedores de bens e serviços».

O presidente do PSD acusou ainda o Governo de «incapacidade para diminuir a despesa pública - aumenta o dobro da inflação prevista - e para travar o aumento do desemprego».

«Este Orçamento representa também um ataque às reformas e possui um completo irrealismo em termos de previsões, nomeadamente no que respeita ao crescimento económico para 2008 e ao preço do petróleo no próximo ano», apontou.

A Comissão Política Nacional do PSD nomeou hoje o deputado Jorge Neto para director do jornal oficial do partido «Povo Livre», assim como os dois novos secretários-gerais adjuntos: Jorge Tadeu Morgado e Paulo Silva Santos.
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