Turismo português tem 30 milhões para se promover em 2006

Segundo o administrador do ITP, Frederico Costa, responsável pela área da promoção, 60% do orçamento vai para a contratualização, ou seja mais de 17 milhões de euros, enquanto os restantes 40% são canalizados para a Marca Portugal (mais de 11 milhões de euros).

No entanto, neste reforço de verbas para a promoção nem todas as áreas beneficiam da mesma forma. Haverá mais verbas para os canais alternativos, ou seja, para o portal (1 milhão de euros) e call center (750 mil euros disponíveis), mais dinheiro ainda para o «marketing intelligence», para a prospecção de mercado e comunicação, imagem e imprensa, mas haverá menos dinheiro para materiais promocionais e para as feiras. Para este último caso, o mesmo responsável adiantou que «tudo somado, Portugal deverá estar presente em 42 certames de 19 países, o que implica um esforço financeiro grande». Certo é que em 2006, o ITP pensa gastar nestes eventos 2 milhões de euros, que representam menos 8% do que estão a gastar este ano.

Em termos das Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT¿s) o Algarve é o mais beneficiado, recebe 36% do orçamento, já que lhe vai caber mais de 6 milhões de euros do total de 17,159 milhões, logo seguido por Lisboa com 28% (4,8 milhões de euros), Madeira com 14% (2,4 milhões de euros), Porto e Norte com 10% do bolo (1,7 milhões de euros). As Beiras recebem 5% (cerca de 857 mil euros) e os Açores 3,5%, tal como o Alentejo, a que corresponde pouco mais de 600 mil euros.

Frederico Costa sublinhou que a parte ou forma como estas verbas vão ser distribuídas pelas várias regiões do país já tinha sido aprovada pelo Conselho Estratégico da Promoção Turística (CEPT).

Receitas, turistas e dormidas devem continuar a aumentar

O responsável do Instituto de Turismo de Portugal revelou ainda, esta manhã, numa apresentação que decorreu no Ministério da Economia, os objectivos para o próximo ano. Em 2006, Portugal deverá conhecer um aumento na procura de turistas de cerca de 3,5%, a taxa de crescimento das receitas deverá rondar os 5,5% e o número de dormidas deverá aumentar 4%.

Em 2004 foram ultrapassados os objectivos de receitas, mas as metas para as dormidas e número de turistas ficaram aquém. «Em 2005, a tendência é exactamente a inversa, o que nos leva a partir para 2006 na estaca zero». Ou seja em busca dos mesmos objectivos, afirmou o mesmo responsável.

Frederico Costa explicou ainda que no que se refere ao esforço para promoção da Marca Portugal será feita uma campanha promocional no exterior no valor de 3,4 milhões de euros, com prioridade para os mercados de Espanha, Reino Unido e Alemanha.