Estado encaixa 500 milhões com novas rotas da easyJet - TVI

Estado encaixa 500 milhões com novas rotas da easyJet

Easyjet

O Estado espera aumentar as receitas de turismo em 492 milhões de euros, considerando apenas as 12 novas rotas a lançar pela easyJet nos próximos cinco anos, afirmou o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, na conferência de imprensa da companhia aérea para a apresentação da sua estratégia para Portugal.

Números que fazem com que este Governo continue a fazer da captação destas novas companhias uma forte aposta. «O Governo reconhece que é preciso dar a devida atenção a estas novas dinâmicas do turismo, cujas respostas, estamos certos, constituirão um importante contributo para o crescimento desta actividade (low cost) em Portugal», disse Bernardo Trindade.

Segundo os últimos dados disponíveis sobre a actividade das low cost em Portugal, estas companhias têm um peso relativo de quase 19% do total de movimentos registados nos aeroportos portugueses. Apesar de Faro se manter à frente, só nos casos de Lisboa e do Porto, os passageiros transportados por estas companhias, correspondem «a cerca de um quinto do total do país», acrescentou o secretário de Estado.

Ainda assim, a conclusão que se tira é que Portugal mantém ainda uma distância larga face ao peso que estas companhias têm já noutras regiões europeias. Em Espanha, citando o mesmo governante, estas transportadoras são já responsáveis por 30% do tráfego total registado nos aeroportos do país vizinho. Já no Reino Unido, uma em cada três ligações aéreas, são asseguradas por low cost.

Isto significa que Portugal se vai aproximando da tendência europeia e mundial, mas continua a precisar «de um empenho» que o Governo promete assegurar, justificado pela reconhecida «importância destes operadores na captação de novos passageiros oriundos de outros mercados, mais ainda quando, especificamente no caso de Lisboa, estamos a falar de um destino que é periférico relativamente à concorrência mais directa», disse o mesmo.

Recorde-se que tem sido particularmente assumida por este Governo a vontade de apoiar a penetração no mercado deste tipo de companhias aéreas, uma decisão que nem sempre tem sido visto com bons olhos por parte das companhias aéreas regulares e outros agentes de turismo. Os protestos têm a ver com os maiores incentivos financeiros que são dados às low cost em detrimento de outras.

É também seguindo esta pólítica que o Governo está a equacionar a consrução de um segundo aeroporto em Lisboa apenas para as low cost.
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