Moonspell orgulhosamente acompanhados em Lisboa (fotos + vídeos) - TVI

Moonspell orgulhosamente acompanhados em Lisboa (fotos + vídeos)

FIL recebeu "Dia do Metal" no fecho da digressão de "Night Eternal". Milhares de fãs de todas as idades não quiseram faltar à chamada

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Os concertos regressaram à Feira Internacional de Lisboa (FIL) este sábado. No intitulado "Dia do Metal", os Moonspell e os Bizarra Locomotiva vestiram de negro o espaço habituado a outro tipo de certames.

Milhares de fãs de todas as idades fizeram questão de não faltar à chamada - num cruzamento de várias gerações, em comum tinham o amor pela música metal e o preto (mais, ou menos, deslavado) nas t-shirts e casacos.

Durante a tarde houve versões de Moonspell em violoncelo, pelos Opus Diabolicum, uma exposição de fotografia, uma conferência sobre "O Metal e a Escrita" e o visionamento do documentário "Global Metal". Muito merchandising de bandas de metal e ainda mais cerveja mantiveram os visitantes entretidos até as 22h00, altura em que os Bizarra Locomotiva subiram ao palco.

A banda de Rui Sidónio até nem se classifica como metal, mas o rock industrial foi pesado e negro o suficiente para conquistar a plateia. Com o ainda fresco "Álbum Negro" para mostrar, os Bizarra mostraram todo o seu poder em palco, numa actuação intensa e que contou com a participação de Fernando Ribeiro, o vocalista dos Moonspell, no tema "Anjo Exilado".

Do espectáculo de cerca de uma hora fizeram também parte canções como "Ergástulo" e "Desgraçado de Bordo", uma Suicide Girl em palco e várias aparições do rabo do vocalista semi-nu dos Bizarra Locomotiva.

Vídeo:



Na maior produção dos Moonspell desde o concerto de Halloween no Coliseu de Lisboa, em 2007, os reis e senhores do metal português trouxeram uma máquina bem oleada e já testada nas recentes digressões pelas Américas. A FIL foi o palco do derradeiro concerto da tournée de promoção a "Night Eternal" e a despedida dificilmente poderia ter corrido melhor.

Num alinhamento equilibrado, que passou por todos os álbuns da banda e revisitou os clássicos incontornáveis, os Moonspell apresentaram 21 temas ao longo de mais de duas horas. O ecrã gigante de vídeo foi uma mais-valia visual, acompanhando a temática das músicas, num sem-número de referências ao imaginário satânico.

"At Tragic Heights" e "Night Eternal" deram o arranque através do novo álbum. Das mais antigas às mais recentes, as canções estiveram bem vivas na memória de um público disposto a acompanhar Fernando Ribeiro durante toda a noite. E não faltou mesmo o coro para o poema de Álvaro de Campos em "Opium", um dos melhores temas da noite.

Vídeo:



"Scorpion Flower" voltou a não contar com Anneke van Giersbergen, dos The Gathering. A cantora holandesa foi substituída por duas coristas, mas Fernando Ribeiro deixou a promessa: "Para a próxima, ela tem de vir. E para cantar duas".

Em "Mephisto" chamou-se pelo Diabo de punhos no ar e dois dedos esticados. As chamas de fogo aqueceram ainda mais o ambiente e nem parecia que lá fora havia frio e chuva. Depois de uma breve passagem por "TNT" dos AC/DC, "para descomprimir", chegou a vez do primeiro hino da noite. O refrão "Virando costas ao mundo/Orgulhosamente sós..." voltou a fazer de "Alma Mater" o maior momento de comunhão entre banda e fãs.

Já no encore, "Os Senhores da Guerra", apresentado por Fernando Ribeiro e o guitarrista Ricardo Amorim, deixou no ar a vontade dos Moonspell editarem um disco acústico. O obrigatório "Full Moon Madness" fechou com naturalidade uma noite especial.

"Isto é só o pé na porta. Vamos tornar o metal mais forte em Portugal com a vossa ajuda", exclamou o vocalista dos Moonspell. "Felizmente, correu tudo bem. Graças a Satã."

Alinhamento:

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