Entrevista: Corvos falam sobre o seu «Medo» - TVI

Entrevista: Corvos falam sobre o seu «Medo»

Violinista convida toda a gente a assistir a um concerto da banda e põe as mãos no fogo em como o público vai querer ver mais

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«Medo» é o título do novo álbum dos Corvos. Os membros da banda, que desde a infância estudam música clássica, resolveram surpreender-nos, emprestando também as suas vozes aos temas do disco.

«Nós sempre prometemos e a cada álbum que fizemos trouxemos uma pequena inovação. Desta vez foi a incursão das nossas vozes. E foi uma experiência agradável. Foi engraçado estarmos no estúdio todos a cantar. E acho que acabou por resultar, porque o formato que adoptámos foi quase como um coro. Não deixámos ninguém a cantar a solo», sublinhou o violinista Pedro Teixeira da Silva.

Mas a que tipo de medo se refere o título deste quinto álbum?

«É uma constatação da realidade. As relações humanas estão uma desgraça, a sociedade está uma desgraça, tudo é difícil para toda a gente. No fundo, o «medo» é psicologia invertida: não vale a pena ter medo, temos de arriscar», explicou o violinista Tiago Flores.

«Grávido de Ti» é o tema de avanço deste projecto, que chegou recentemente às lojas e já está a dar que falar. A banda, que está habituada a desafios, reconhece nesta música toda a inteligência e ousadia do compositor Tiago Torres da Silva.

«Os machos latinos a dizer «Grávido de Ti» pode chocar muita gente», afirmou, em tom de brincadeira, Tiago Flores.

Habituados também a vestir-se a preceito para as actuações, os Corvos continuam a não descurar a componente visual ao fim de mais de dez anos de carreira.

«Um concerto é uma cerimónia, um ritual. As pessoas vão ver um espectáculo, se não ouvem o disco em casa», frisou Pedro Teixeira da Silva.

Cientes de que vieram preencher uma lacuna no mercado da música nacional, os Corvos reconhecem, no entanto, que muito daquilo que já fizeram não chegou a ser do conhecimento público e, por isso mesmo, o violinista Tiago Flores faz um apelo: «Dêem-nos oportunidade e venham só a um concerto, porque eu ponho as minhas mãos no fogo em como vão querer ver mais».

Vê aqui a entrevista:

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