«Divertimo-nos muito nesse dia. Era um festival lindo, o local era espectacular e o cartaz era bastante ecléctico. Era a nossa primeira vez em Portugal e não sabíamos o que esperar, mas assim que começámos a tocar, as pessoas começaram a saltar. Foi maravilhoso», recordou o vocalista Simon Neil ao IOL Música.
Quando os Muse batem à porta...
O regresso ao nosso país aconteceu recentemente na primeira parte do concerto dos Muse no Pavilhão Atlântico. Os Biffy Clyro já tinham uma data agendada para o Santiago Alquimista, em Dezembro, mas o convite para a participação na digressão da banda de Matt Bellamy foi irrecusável.
«Foi uma escolha difícil de fazer», confessou o baixista James Johnston. «Mas quando os Muse batem à tua porta e pedem-te para ires tocar com eles, tens de ir. É uma excelente oportunidade para actuares perante tantas pessoas.»
No entanto, os Biffy Clyro revelaram o desejo de regressar a Portugal no próximo ano. «Vammos regressar em Janeiro ou Fevereiro para um concerto em nome próprio e para tocarmos durante mais algum tempo. E esperamos também voltar para fazermos alguns festivais no Verão», adiantou James.
Novo disco com mini orquestra
Em Lisboa, o trio escocês apresentou o novo álbum «Only Revolutions», que contou com uma pequena orquestra em vários temas.
«Algumas bandas de rock pesado têm receio em usar instrumentos sem distorção, quando, por vezes, as canções mais pesadas podem ser feitas por causa dos instrumentos de sopro. Nunca o saberás, se não o tentares», explicou Simon.
O vocalista e guitarrista dos Biffy Clyro falou também da necessidade de experimentar novas formas de abordar um disco, depois de quase 15 anos de carreira.
«Acho que nos tornámos mais destemidos, a cada álbum que fazemos, para arriscarmos e não nos preocuparmos em ter apenas em ter guitarra e baixo distorcidos e bateria.»
Josh Homme deu uma mãozinha
O sexto disco de estúdio teve também um convidado especial. Josh Homme, dos Queens of the Stone Age, gravou um solo de guitarra em «Bubbles».
«Ele soube que íamos a Los Angeles e ofereceu os seus serviços. Ele ouviu metade da canção e disse: "Já sei o que fazer!"», contou James.
«Foi maravilhoso vê-lo trabalhar. Ele é, obviamente, uma espécie de lenda da guitarra e foi muito simpático em dar-nos algum do seu tempo, porque ele é um homem muito ocupado.»
Os Piratas da Costa Leste da Escócia
Para o primeiro single de «Only Revolutions», os Biffy Clyro decidiram criar um videoclip bem original e vestiram a pele de piratas.
«A canção chama-se "The Captain" e acho que o realizador pensou: "Ok, vamos transformar estes gajos em piratas e meter-lhes maquilhagem"», disse Ben Johnston, baterista da banda e irmão gémeo de James.
«Foi o máximo terem construído metade de uma navio para nós», acrescentou Simon. «E só a parte de nos vestirmos de piratas... Quem não gostaria fazer isso? Somos os Piratas da Costa Leste da Escócia!»
Vê aqui o vídeo da entrevista com os Biffy Clyro: