Entrevista: preparem-se para Os Dias de Raiva (vídeo) - TVI

Entrevista: preparem-se para Os Dias de Raiva (vídeo)

Nova super banda portuguesa recupera as influências da música pesada e lança EP de sete temas

Relacionados
Pacman, Fred, Nuno Espírito Santo, Paulo Franco e João Guincho. Não estamos a falar dos Da Weasel, Oioai ou Dapunksportif, mas sim d'Os Dias de Raiva, o novo projecto que juntou cinco músicos em torno da música pesada e que resulta agora na edição do EP de estreia.

«São sete músicas bem rápidas, directas, urgentes e raivosas», explicou o baterista Fred Ferreira ao IOL Música.

«Não uma raiva gratuita, mas uma raiva de desconforto», acrescentou Carlão, o Pacman dos Da Weasel. «Por exemplo, no "Herança", [há] aquela situação sobre as pessoas se pisarem umas às outras (...) Quando estás no Bairro Alto, à noite, e estás na tua e vem aquele gajo pedir-te "um cigarrinho". Mas ele não quer que lhe dês o cigarro, ele quer é outra coisa...»

Influências de peso

Hard rock, punk, hardcore e metal são as principais influências d'Os Dias de Raiva. Afinal, cada membro cresceu a ouvir bandas como os Metallica, Suicidal Tendencies, Black Sabbath e Iron Maiden.

«Todos nós já tínhamos isto na nossa escola a nível musical», contou o baixista Nuno Espírito Santo, ele que já passou por variados projectos como os Braindead, Oioai e a banda de Sérgio Godinho.

«Ao fim de dois ensaios, percebemos que estávamos na mesma sintonia, foi tudo surgindo naturalmente como se já nos conhecêssemos a tocar», completou Fred, que falou mesmo da «urgência» em lançar-se numa nova aventura de «música mais pesada».

Os primeiros concertos e os primeiros discos

E como de pequenino é que se torce o pepino, os membros d'Os Dias de Raiva começaram bem cedo a ouvir música pesada. Os primeiros concertos e discos acabaram por ficar na memória de cada um.

Carlão recordou a sua estreia aos 11 anos na passagem dos Iron Maiden pelo Pavilhão Dramático de Cascais, em 1986, durante a digressão do disco «Somewhere In Time». «Aquilo é uma coisa que estraga uma pessoa para o resto da vida», afirmou de sorriso rasgado.

«Master of Puppets», um dos álbuns incontornáveis dos Metallica, marcou Nuno a partir do Natal de '86 e foi uma das razões que levaram o músico a começar a tocar baixo. «A partir daí nunca mais fui o mesmo», confessou.

Fred, filho de Kalú, dos Xutos & Pontapés, desde bem novo que se habituou a espectáculos com o volume ao máximo. «Sempre estive ligado a estar em cima do palco a ver os concertos. Desde os 2 anos. Então tive a oportunidade de assistir aos Censurados, aos Ramp... são concertos que me marcaram profundamente», explicou.

Já os dois guitarristas dos Dapunksportif não tiveram tanta sorte. Oriundos de Peniche, Paulo Franco e João Guincho assistiram a mais concertos de bandas de baile do que desejariam. «Isso também é muito pesado, lá para o final da noite fica muito pesado», brincou Paulo.

O EP de estreia chega agora às lojas através da Optimus Discos ( download gratuito aqui) e a banda está preparada para se fazer à estrada com muita vontade de soltar a raiva ao vivo. E mesmo antes de ser ouvida pelo público, a música d'Os Dias de Raiva já passou dois importantes testes: o filho de Fred e a cadela de Paulo.

Vê aqui o vídeo da entrevista e descobre porquê:

Continue a ler esta notícia

Relacionados