Sepultura comandaram noite de peso em Corroios (fotos) - TVI

Sepultura comandaram noite de peso em Corroios (fotos)

Banda brasileira voltou a apresentar o novo álbum, «A-Lex», mas foram os velhos êxitos que conquistaram a plateia

No regresso a Portugal, os Sepultura comandaram uma noite de peso no Cine-Teatro de Corroios, esta quinta-feira. A banda brasileira voltou a apresentar o novo álbum, «A-Lex», e trouxe consigo os norte-americanos Crowbar e Armed For Apocalypse, e os espanhóis Hamlet.

A mini-maratona de metal teve obviamente os seus momentos mais altos com os Crowbar e os cabeças-de-cartaz, os Sepultura. Já depois de duas actuações suadas e dos adeptos do Benfica terem desistido de assistir aos últimos minutos da derrota na Liga Europa, os Crowbar foram recebidos por um pavilhão já bem composto de público pronto para celebrar o primeiro concerto da banda de Nova Orleães em Portugal.

O sludge metal dos rapazes liderados pelo barbudo Kirk Windstein aqueceu facilmente os ânimos de fãs e curiosos, abrindo definitivamente o mosh pit em Corroios. Vitória clara num concerto que revisitou os melhores momentos de 20 anos de carreira.

Quem também trouxe um bom punhado de velhos êxitos e verdadeiros clássicos do thrash metal foram os reis e senhores da noite, os brasileiros Sepultura. Equilibrando o alinhamento entre o novo material de «A-Lex» e uma discografia com um quarto de século (com destaque para os primeiros dez anos), o quarteto conquistou de forma inteligente o apoio do público.

O arranque foi dado ao som de «Moloko Mesto», o capítulo inicial de um disco que, à semelhança do que tinha acontecido com «Dante XXI», foi criado em torno de uma obra literária. Neste caso, o livro escolhido foi «A Laranja Mecânica», de Anthony Burgess, cuja violência e crítica social serviram que nem uma luva à música dos Sepultura.

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Mas foi com a primeira passagem por temas obrigatórios, como «Arise», «Refuse-Resist» e «Dead Embryonic Cells», que a banda começou realmente a marcar pontos. Mesmo com mudanças críticas na composição dos Sepultura - com as saídas dos irmãos Cavalera -, Andreas Kisser (guitarra), Paulo Xisto (baixo), Derrick Green (voz) e Jean Dolabella (bateria) continuam a manter bem frescos os grandes hits da banda.

Paixão nos dois países irmãos, o futebol foi brevemente tema de conversa entre o grupo e os fãs. «Eu sei que os adeptos do Benfica estão tristes», lançou Andreas Kisser, prometendo animar os benfiquistas presentes com mais uma incursão pelos clássicos.

Antes do vocalista Derrick Green dar ordem de arranque para «Troops Of Doom», o guitarrista brasileiro teve ainda tempo para uma pequena provocação. «Só volto a falar de futebol depois do Campeonato do Mundo», disse, em referência ao jogo entre o Brasil e Portugal na África do Sul.

De volta à música, «Sepulnation» fez jus ao título e foi recebido com energia pela «Nação Sepultura» que rumou até Corroios. Num concerto de 80 minutos intensos e quase sem paragens, houve nova aposta ganha com o percurso «Slave New World», «Territory» e «Inner Self», com o poderoso «Orgasmatron», dos Motörhead, pelo meio.

No final, um dos temas mais reconhecidos dos Sepultura, «Roots Bloody Roots» marcou outro dos momentos altos da noite. Na última explosão de energia, os fãs gritaram o gutural refrão até as gargantas doerem. Chegava ao fim mais uma passagem de sucesso por Portugal de uma banda que, apesar de já não desfrutar do sucesso comercial de outros tempos, está longe de estar moribunda.

Alinhamento dos Sepultura:

0. A-Lex IV (intro)

1. A-Lex I / Moloko Mesto

2. Arise

3. Refuse-Resist

4. Dead Embryonic Cells

5. Filthy Rot

6. What I Do

7. Convicted In Life

8. Attitude

9. We've Lost You

10. A-Lex II / The Treatment

11. Troops Of Doom

12. Septic Schizo / Escape To The Void

13. Sepulnation

14. Slave New World

15. Territory

16. Orgasmatron (Motörhead)

16. Inner Self

Encore

17. Conform

18. Roots Bloody Roots
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