A cantora basca, mais conhecida nas lides do flamenco, mantém há muito uma ligação estreita com Portugal, país que considera «uma segunda casa». Na hora de gravar o seu primeiro disco, María seguiu os conselhos da mãe e decidiu cantar fado.
«É um disco com as minhas raízes, desde a minha San Sebastian. E faço uma interpretação diferente, canto como eu sinto o fado, ou como o fado passa por mim», disse a cantora ao IOL Música.
«Homenagem ao fado» sem pretensiosismo
Com direcção musical de José Peixoto e letras originais de Tiago Torres da Silva, «Todas Las Horas Son Viejas» pega em fados tradicionais e, sem pretensiosismo, apresenta uma visão diferente deste género musical tão tipicamente português.
«Eu espero que as pessoas oiçam o disco com o mesmo carinho com que eu o fiz. Não é mostrar como a espanhola canta fado, não é uma coisa de "ah, eu sou fadista"... Eu sou uma espanhola, basca, cantora, e que fez uma homenagem ao fado porque o fado fez muito por mim, e Portugal também», explicou.
Carlos do Carmo apadrinha projecto
Carlos dos Carmo foi outro dos impulsionadores deste projecto. O fadista convidou María Berasarte para o espectáculo de celebração dos seus 45 anos de carreira - um incentivo enorme para a gravação do disco.
«Foi o momento mais importante na minha carreira. Carlos do Carmo é muito mais do que um fadista, muito mais do que uma pessoa importante dentro do fado. Ele é mesmo um mestre.»
Concerto em Lisboa a 13 de Junho
Para quem quiser descobrir ao vivo este fado cantado em castelhano, María estará no Castelo de São Jorge, em Lisboa, no próximo dia 13 de Junho juntamente com o guitarrista Mário Pacheco.
Vê aqui o vídeo da entrevista com María Berasarte: