Rock in Rio: 74 mil para ver Maroon 5, Kravitz e Ivete - TVI

Rock in Rio: 74 mil para ver Maroon 5, Kravitz e Ivete

Portugueses Expensive Soul e Orelha Negra também estiveram em destaque neste terceiro dia de festival

Relacionados
Ao terceiro dia de Rock in Rio Lisboa, e no arranque do segundo fim-de-semana de concertos, a Cidade do Rock recebeu 74 mil pessoas que tanto dançaram e saltaram com Ivete Sangalo como cantaram os maiores sucessos dos Maroon 5. Os Expensive Soul também souberam aproveitar ao máximo a multidão em frente ao palco principal e Lenny Kravitz fechou a noite com rock e funk.

Mas a música começou, como sempre, no Palco Sunset. Primeiro no encontro entre os Black Mamba e Tiago Bettencourt, por volta das 17h00, e uma hora mais tarde com o concerto dos Orelha Negra com os brasileiros Hyldon e Kassin.

O novo single da banda portuguesa, «Throwback», abriu a atuação antes da entrada em cena das duas vozes que tornaram este um concerto bem diferente para uns Orelha Negra que normalmente buscam nos samples as vocalizações para os seus temas instrumentais.

Hyldon, voz da soul no Brasil, e Kassin, produtor dos Los Hermanos e Caetano Veloso, trouxeram consigo «As Dores do Mundo» e «Calça de Ginástica», testando a versatilidade dos Orelha, que por sua vez mostraram outra das novidades do novo disco recém lançado, «Luta», e resgataram o contagiante «A Cura» ao primeiro álbum. Um encontro interessante, mas que merecia um público menos passivo e em maior número.

Por sua vez, o Palco Mundo era definitivamente o centro das atenções a partir das 19h00 com a primeira festa do dia ao som dos Expensive Soul. New Max, Demo e companhia não se intimidaram com a tarefa de animar as boas dezenas de milhar de pessoas prontas para a festa.

Um concerto com muito funk e soul e que teve no single «O Amor É Mágico» um dos momentos especiais deste terceiro dia de música no Parque da Bela Vista. Os atletas olímpicos e paraolímpicos que vão representar Portugal em Londres subiram ao palco para emprestarem as suas vozes à canção, e até Rosa Mota, a ex-maratonista que aqui liderou a comitiva, deu um pezinho de dança.

Dança foi também o que não faltou na receção àquela que é uma das totalistas do Rock in Rio Lisboa. Presente em todas as edições portuguesas do festival, Ivete Sangalo fez mais uma vez o que lhe competia: pôs milhares e milhares de festivaleiros a «tirar o pé do chão» e «levantou poeira».

Goste-se ou não, a verdade é que o axé da cantora baiana conquistou o público em êxitos como «Sorte Grande (Poeira)» e «Acelera Aê». Ivete, que no Rock in Rio esteve vestida de branco e não dispensou o habitual batalhão de dançarinos, levou ao festival um dos momentos que fizeram parte da mais recente digressão (que passou pelo Madison Square Garden) e cantou e tocou ao piano «Easy», dos Commodores de Lionel Richie.

Uma das atuações mais esperadas da noite era certamente a dos Maroon 5, na estreia absoluta dos norte-americanos em Portugal. Adam Levine liderou com naturalidade um concerto eficaz e seguro, alicerçado nas passagens quase obrigatórias por «This Love», «Sunday Morning» e o mais recente «Moves Like Jagger».

O pop rock a convidar à dança e o falsete (quase) infalível de Levine não terão desapontado os fãs portugueses neste primeiro encontro cara a cara com os Maroon 5, apesar de este ter durado pouco mais de uma hora.

Para o senhor que se seguia, o Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa já não era uma novidade. De regresso ao festival depois de em 2008 também ter fechado uma das noites, Lenny Kravitz não se limitou a jogar pelo seguro de se lançar numa corrida pelos singles mais conhecidos, mas arriscou (perdendo alguns espectadores pelo caminho) ao seguir trajeto por canções mais calmas como «Stand By My Woman» e «Believe».

O funky «Black and White America», que dá nome ao mais recente disco do músico norte-americano, acabou por também não aquecer suficientemente os ânimos de uma plateia que decididamente preferiu a energia roqueira de «American Woman», «Fly Away» e «Are You Gonna Go My Way».

No final, Kravitz despediu-se com a mensagem de amor de «Let Love Rule», embalando o público antes do fogo de artifício da praxe.
Continue a ler esta notícia

Relacionados