SBSR: Metallica não desapontaram - TVI

SBSR: Metallica não desapontaram

Metallica no SBSR 2007 (foto: Manuel Lino)

Festival fechou em grande com os Four Horsemen

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Das 35 mil pessoas esperadas para o Act 1 do festival, é seguro dizer que a grande maioria marcou presença principalmente para ver os Metallica ao vivo.

Após o intervalo mais longo entre os concertos do primeiro dia, os Four Horsemen foram finalmente apresentados com a já habitual intro de "The Ecstasy of Gold", de Ennio Morricone, por volta das 23h20. Nos ecrãs gigantes que ladeavam o enorme palco podiam-se ver imagens do filme "O Bom, o Mau e o Vilão".

Literalmente fartos do estúdio de gravação, onde começaram a preparar o seu novo álbum, os Metallica escolheram Portugal como o ponto de partida da digressão de Verão "Sick of the Studio". Um concerto que irá estar em breve disponível no site LiveMetallica.com e que foi filmado por uma dezena de câmaras e fotografado pelo amigo de longa data, o consagrado Ross Halfin. O que, curiosamente, interferiu no aspecto cénico da actuação, uma vez que ao quarteto californiano se juntaram em palco vários operadores de câmara e o próprio Halfin.

Mas falando da música propriamente dita, o mínimo que se pode dizer é que os Metallica não desapontaram ninguém com uma actuação tão sólida como cheia de energia. Mesmo os fãs mais antigos da banda conseguem facilmente reconhecer que é ao vivo que os Metallica mostram todo o seu talento e garra.

Foi um concerto que recuperou muitos clássicos, alguns bem 'velhinhos' como o tema de abertura "Creeping Death" ou "For Whom The Bell Tolls", a primeira oportunidade para Rob Trujillo brilhar no baixo.

É certo que o cabelo vai escasseando no topo das cabeças de James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett, mas mesmo assim os anos não parecem afectar a performance de uma das bandas mais importantes da história do hard-rock e heavy-metal.

"Ride The Lightning" e "Disposable Heroes" confirmaram que esta seria uma noite de viagem ao passado, à redescoberta e celebração dos primeiros álbuns da banda norte-americana. As letras não estavam esquecidas e o público foi cantando os refrões de praticamente todos os temas.

Frontman nato, James Hetfield meteu sempre conversa com o público em momentos chave, sabendo sempre a melhor forma de puxar pela assistência. Aos poucos, o gigantesco palco foi sendo revelado na sua plenitude, apresentando dois níveis e um painel de vídeo a cobrir todo o fundo.

A primeira balada de telemóvel e isqueiro na mão coube a "Unforgiven", numa altura em que valia de tudo para conseguir um lugar com vista sobre o palco. Nem as torres de luzes nem as barracas de cerveja escaparam aos 'homens-aranha' do Parque Tejo.

O malogrado baixista Cliff Burton foi relembrado com o épico instrumental "Orion", interpretado de forma exímia pela banda e um dos momentos altos da actuação. "Master Of Puppets", "Nothing Else Matters", "One" e "Enter Sandman" foram outros dos temas em destaque. E não faltaram os efeitos pirotécnicos como o fogo de artifício ou as bolas de fogo, simulando explosões de granadas.

Para a recta final do concerto, que teve duas horas e meia de duração, os Metallica escolheram "Am I Evil?", um original dos Diamond Head, há muito adoptado pelos californianos, e "Seek & Destroy", tema dedicado por James a «todos os fãs #1 dos Metallica».

Sem dúvida, o melhor concerto da noite.

Para a semana há mais Super Bock Super Rock, com o Act 2 a tomar de assalto o Parque Tejo nos dias 3, 4 e 5 de Julho. Arcade Fire, Bloc Party, LCD Soundsystem, Scissor Sisters e Underworld são os principais nomes da segunda metade do festival.

O IOL Música lá estará para acompanhar de perto todos os concertos
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