Paredes de Coura: triunfo repartido ao segundo dia - TVI

Paredes de Coura: triunfo repartido ao segundo dia

The Sounds, Editors e Primal Scream não desapontaram fãs

Relacionados
O sol e o calor fizeram questão de marcar presença durante a tarde do segundo dia do festival Paredes de Coura 2008. O Jazz na Relva à beira-rio convidou centenas de festivaleiros de fato-de-banho a deitarem-se para um momento de descanso depois do almoço. Os mais aventureiros experimentaram um mergulho nas águas frias do rio Tabuão, e os repetentes no festival trouxeram consigo o barco a remos insuflável.

Outros preferiram recarregar baterias no conforto das suas tendas, elas que crescem como cogumelos coloridos no verde da paisagem de Paredes de Coura. Depois do revivalismo punk com os Sex Pistols na primeira noite do festival, as preferências esta sexta-feira dividiam-se entre os escoceses Primal Scream, os ingleses Editors e os suecos The Sounds, as três bandas que acabaram por cativar melhor o público diverso e musicalmente disperso do festival.

Depois dos espanhóis Layabouts e dos portugueses D3Ö terem estreado o Palco Ibero Sounds (que na verdade é o mesmo palco usado para o After-Hours, só mudam as lonas publicitárias), a música regressou ao palco principal pela mão da dupla californiana Two Gallants e mais tarde dos londrinos The Rakes. Bons apontamentos aqui e ali, mas nada que se compare com o que estava para vir.

Maja, a sueca quente

Maja Ivarsson, a vocalista louraça dos suecos The Sounds, tomou as rédeas da plateia como ela bem sabe fazer. De saltos altos e micro-calções pretos bem justos, a cantora de 28 anos transpirou sexualidade e pujança. O pop rock com sintetizadores à anos 1980 levou à dança em Paredes de Coura depois da conquista, em 2007, do palco secundário do festival Alive.

Mesmo quem não conhecia a banda parece ter ficado convencido assim que os problemas de som iniciais foram ultrapassados. Foi esse mesmo o único senão numa actuação especial - a banda nem sequer se encontra em digressão - e que teve como ponto alto «Painted By Numbers», provavelmente o single com maior êxito comercial dos The Sounds.

Editors triunfantes

Na terceira passagem por Portugal em apenas nove meses, os Editors deixaram mais uma vez a ideia de que não sabem dar maus concertos. «Bones», «Blood», «All Sparks» e «Lights» deram gás no arranque de um espectáculo que apenas perdeu algum fulgor na apresentação de novas canções a incluir no terceiro disco de originais.

Nada que «Smokers Outside The Hospital Doors», «Munich» e «Racing Rats» não tenham corrigido mais tarde. Desta vez só não houve piano para Tom Smith escalar, ficando-se pelo banco do teclado.

Primal Scream atrasados, mas afinados

Com pelo menos meia hora de atraso, os Primal Scream foram os últimos a subir ao Palco Heineken num regresso a Portugal há muito desejado pelos fãs. Consigo trouxeram o novíssimo «Beautiful Future», lançando sem cerimónias o single de apresentação «Can't Go Back». O público reagiu bem à primeira incursão pelo novo material, mas nem sempre foi assim e o concerto também teve alguns pontos mortos à passagem pelos temas menos rodados.

No extremo oposto, músicas como «Swastika Eyes» e «Country Girl» foram tiros certeiros para animar os festivaleiros que às duas da manhã ainda não estavam preparados para regressar às tendas. Muitos foram os que reclamaram por um encore já depois de «Rocks», mas o vocalista Bobby Gillespie e companhia não lhes fizeram a vontade.

Era tempo das atenções se virarem de novo para o palco secundário, na versão After-Hours. Os ingleses These New Puritans e os DJs da discoteca escocesa Optimo fecharam as contas de uma noite com saldo bastante positivo.

O terceiro dia de festival

Este sábado, o festival entra no terceiro e penúltimo dia com os cabeças-de-cartaz The Mars Volta a actuarem às 21h30, deixando o encerramento do palco principal a cargo dos Wraygunn.

Consulta aqui os horários completos de todos os palcos
Continue a ler esta notícia

Relacionados