Entrevista: José Cid regressa com novo álbum de originais - TVI

Entrevista: José Cid regressa com novo álbum de originais

«Coisas do Amor e do Mar» mostra a vitalidade do músico, que aos 67 anos tem já preparados os quatro próximos discos da sua carreira

Relacionados
«Coisas do Amor e do Mar» é o título do novo disco de José Cid. Cerca de dez anos depois do lançamento do seu último trabalho de originais, o músico está de volta com 11 novas canções e já tem preparados os quatro próximos discos da sua carreira.

«Este é um álbum com canções de amor, mas um amor em várias direcções. Não é um amor de paixões únicas, tem várias ondas de paixões. E depois tem canções do mar, realmente a influência que o mar exerce sobre nós», revelou o cantor e compositor ao IOL Música.

«Com a minha adiantada idade, as pessoas vão começar a desconfiar se aquilo [que ouvem] é a minha voz ou se eu ainda tenho criatividade. Ou se, realmente, mereceria ou justificaria gravar um novo álbum», ironizou o artista de 67 anos.

Três novos duetos

O novo álbum está aí para provar a vitalidade de José Cid e apresenta duetos com André Sardet («Asas brancas»), Susana Félix («E por vezes») e Luís Represas («No meu veleiro»).

«O Luís está a cantar brilhantemente e é um tema que lhe assenta que nem uma luva. Parece que foi ele que o escreveu, mas não - foi o grande amigo amigo dele, de há muitos anos, que se chama José Cid.»

Concerto em Lisboa a 12 de Dezembro

O concerto de apresentação do disco em Lisboa já tem data marcada. A 12 de Dezembro, o Campo Pequeno recebe José Cid e os convidados especiais Herman José, Rui Pregal da Cunha, dos Heróis do Mar, e o fadista João Ferreira Rosa. A primeira parte do espectáculo está a cargo de Zé Perdigão.

Quatro novos discos na forja

Com os olhos no futuro, José Cid não pensa parar tão cedo. O músico tem já gravados e prontos a editar nada mais nada menos do que quatro novos discos - «Quem Tem Medo de Baladas», «Menino Prodígio», «Clube dos Corações Solitários do Capitão Cid» e «Fados e Fandangos».

«O Panteão Nacional é uma seca»

Em Maio, José Cid foi distinguido com o prémio carreira pela Sociedade Portuguesa de Autores. Dedicou-o aos músicos por vezes esquecidos da sua geração e lembrou a importância das homenagens feitas em vida.

«É bom sempre saber, em termos culturais, seja em que área for, as referências que se têm. Particularmente, as vivas, porque homenagens póstumas são sempre uma chatice», afirmou.

«Se me propuserem para o Panteão Nacional, não vão ter sorte nenhuma, porque eu já estarei incinerado e num canteiro de flores na casinha que eu construí. Não quero ficar ao pé das múmias, quero ficar ao pé do ar livre, do campo, das rosas, do campo... Não quero o Panteão, é uma seca.»

Vê aqui o vídeo da entrevista com José Cid:

Continue a ler esta notícia

Relacionados