Taxa de imigração em Portugal é das mais baixas

Os fluxos migratórios nos trinta países da OCDE têm vindo a aumentar desde 2004, sendo que a taxa de imigração em Portugal relativamente à população nacional é das mais baixas entre os países-membros, indica o relatório anual da organização citado pela agência Lusa.

Os dados surgem no relatório «Panorama de Estatísticas de 2007», apresentado em Roma, que reúne informação comparativa sobre população, economia, finanças públicas e migração dos trinta membros da organização.

A imigração nos países escandinavos, na Alemanha, Irlanda, Japão e Luxemburgo aumentou ligeiramente desde 2003, sendo que se verificou um acréscimo significativo em países como Austrália, Áustria, Finlândia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Em relação ao volume de entrada de imigrantes em 2004, os Estados Unidos ficaram no topo da lista, com a chegada de quase 950 mil pessoas (946.100), seguindo-se o Reino Unido, que recebeu pouco mais de 300 mil (302.800), Canadá com 235.800, enquanto que em Portugal o número da OCDE aponta para 13.100 imigrantes.

De acordo com a organização, no ano de 2004, numa lista de 17 países liderada pela Suíça, que verificou a maior taxa de imigração relativamente à população nacional, Portugal figura no antepenúltimo lugar, antes do Japão.

Portugal, Dinamarca, Reino Unido e Suíça aparecem como os únicos países em que o principal objectivo da imigração é a procura de trabalho, sendo que em todos estes a percentagem foi bastante superior a média registada nos países membros da OCDE (29 por cento). Dos 13.100 imigrantes que chegaram a Portugal em 2004, 57 por cento vieram à procura de trabalho enquanto 36 por cento vieram para ter com a família e procurar formação. Os restantes 7 por cento escolheram o território nacional por outras razões não especificadas.

Em 2004 Portugal não acolheu qualquer pessoa por razões humanitárias.

Os dados relativos a Portugal indicam que, em 1995, a população estrangeira no país representava 5,4 por cento da população, em 2000 5,1 por cento e em 2004, 6,7 por cento do total da população. Numa análise relativa a 2000, a população imigrante em Portugal provinha maioritariamente de África (56,7 por cento), de outros países da OCDE (25,8 por cento), da América Latina (11,4 por cento), de outros países europeus fora da OCDE (3,5 por cento) e da Ásia e Oceânia (2,6 por cento).