«Da parte da oposição faz sentido, porque a oposição foi sempre contra a suspensão dos feriados. Aqui a grande novidade foi o surgimento de Paulo Portas a içar a bandeira de restaurar a Restauração», afirmou Constança Cunha e Sá, no espaço de análise nas «Notícias às 21:00».
Para a comentadora, à posição assumida por Paulo Portas, «não terá sido alheio o facto de António Costa no Congresso do PS se ter referido a isso, não terão sido alheias as declarações de José Ribeiro e Castro, dizendo que não votaria num partido que não propusesse esta restauração, mas a verdade é que Paulo Portas viu aqui uma nesga, uma oportunidade, para ter uma iniciativa política e uma iniciativa política agradável aos portugueses em ano de eleições».
Constança Cunha e Sá disse não ter «dúvida absolutamente nenhuma» sobre a intenção do vice-primeiro-ministro porque, explicou, a questão da suspensão dos feriados foi tratada pelo Governo que negociou com a Santa Sé.
«Se Paulo Portas não quisesse ter essa iniciativa isolada e não quisesse confrontar o PSD com uma posição individual e do seu partido, é evidente que tinha discutido a questão no interior do Governo. Optou, e naturalmente por razões partidárias, optou por não o fazer, optou por pôr o CDS a avançar com essa proposta», concluiu.