No seu espaço de comentário ao domingo no Jornal das 8, "Global", Paulo Portas abordou alguns dos temas mais marcantes desta semana. A uma semana da segunda volta das eleições no Brasil, o tema teve honras de abertura.
Paulo Portas recorreu às duas palavras escritas na bandeira brasileira "Ordem e Progresso" para dizer que esta “é uma eleição sobre a Ordem, o Progresso terá ficado para outro momento". Com as sondagens a darem grande vantagem a Jair Bolsonaro, o comentador considera mesmo que há um sentimento a dominar a sociedade: "É o sentimento anti PT, é o sentimento dominante".
As pessoas, justifica o comentador da TVI estão "fartas da corrupção, da crise económica e da criminalidade que está completamente descontrolada" e acrescenta:
"Bolsonaro é a causa ou a consequência? Eu acho que é a consequência. Não há 50 milhões de radicais no Brasil, que é um país tolerante."
Em seguida o comentador da TVI falou sobre as dívidas de vários países europeus com destaque para a Itália e lembrou que “a Itália tem a segunda maior dívida pública do euro”.
Esta semana foi conhecido o Orçamento do Estado para 2019 e, como não podia deixar de ser, o tema não foi esquecido por Paulo Portas. Apesar de reconhecer que “é bom que haja um défice de 0.2” e que isso coloca o país "fora do radar dos problemas", nem tudo está bem. “O Orçamento tem mérito no grosso, no retalho tem uns pequenos problemas”, justifica.
Por fim, considera que “o Governo promete o Jackpot e depois o que sai é a terminaçãozinha”.
Sobre as eleições no Estados Unidos, que se realizam dentro de três semanas, Paulo Portas considera que todos os cenários são possíveis: seja uma vitória dos Democratas, seja dos Republicanos. E não deixou de referir que “o sistema americano é um sistema construído para limitar o abuso de poder”.
Nas notas finais, Paulo Portas destacou a morte do jornalista Jamal Kashoggi, considerando “aquilo que aconteceu é inimaginável” e que o caso "é um dano de reputação muito sério para o príncipe herdeiro”.
Até porque, o comentador da TVI reforçou uma ideia:
“Não se manda assassinar uma pessoas, ponto. Mas não se manda assassinar uma pessoa dentro de um consulado num país estrangeiro.”