«Quando os governantes falham quem paga a factura são os cidadãos» - TVI

«Quando os governantes falham quem paga a factura são os cidadãos»

Marques Mendes comentou o OE para 2011 e apesar de ter uma visão pessimista do futuro, continua a defender a sua aprovação

Actualizado às 23h20

No seu comentário semanal no canal tvi24, Marques Mendes falou sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2011, apresentada pelo Governo de José Sócrates e não tem dúvidas que esta terá três consequências em 2011: uma nova recessão, um aumento do desemprego e uma maior pobreza e exclusão social.

No entanto, o ex-líder do PSD continua a defender a aprovação do orçamento e considera que o líder do PSD escolheu o melhor caminho, em nome do interesse nacional: «negociar».

Aliás, apesar de assumir que Pedro Passos Coelho cedeu em algumas das suas exigências, principalmente na questão das deduções fiscais e dos impostos, defende que este «mostrou abertura» e, por isso, «a bola ficou agora do lado do Governo».

Vai mais longe a acredita que, mais tarde ou mais cedo, Passos Coelho será «recompensado pela opinião pública».

Em relação ao Orçamento de Estado para 2011, Marques Mendes classificou-o como o «orçamento de maior austeridade e mais restritivo da vida democrática» do país.

Em seguida, o comentador enumerou o que considera serem as causas para este documento ser tão austero: «políticas erradas durante os últimos seis anos de governação e irresponsabilidade nos últimos seis meses».

E é por isso mesmo que o ex-líder social-democrata acredita que tudo isto teria sido possível evitar, talvez se «tivéssemos seguido outro caminho e o Governo não tivesse feito ouvidos de mercador». Principalmente porque «quando os governantes falham, quem paga a factura não são eles, são os cidadãos».

Em relação às consequências que o orçamento implica para 2011, o comentador não tem dúvidas que vai haver «uma nova recessão, um aumento do desemprego e mais maior pobreza e exclusão social».

O mais importante para Marques Mendes, neste momento, é que «desapareça o ruído porque as pessoas estão fartas e, ainda, que as negociações corram bem e sejam rápidas».

Antes de terminar a sua intervenção, Marques mendes lembrou que veria nenhum mal se também o CDS-PP se «juntasse a este esforço nacional, com o PS e PSD». E porquê? «Alargava o consenso e dava uma boa imagem do pais lá fora».
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