UGT aplaude chumbo da proposta de lei sobre tempo de trabalho

A rejeição da proposta de lei sobre o tempo de trabalho no Parlamento Europeu foi «uma enorme vitória» do movimento sindical e prova que «vale a pena juntar esforços» em torno de grandes objectivos, defendeu esta quarta-feira a UGT.

A secretária internacional da União Geral de Trabalhadores (UGT), Wanda Guimarães, disse que esta decisão representa «uma grande lição» e deixa «uma grande vontade de lutar, porque vale a pena», escreve a Lusa.

Recorde-se que o Parlamento Europeu rejeitou esta quarta-feira em Estrasburgo a proposta de lei sobre o tempo de trabalho acordada entre os ministros do Emprego dos 27, ao aprovar emendas que obrigam à reabertura das negociações do Conselho com o parlamento.

O texto acordado em Junho passado entre os ministros do Trabalho dos 27, com a abstenção de Portugal, era muito contestado por sindicatos e criticado pela maioria dos eurodeputados portugueses, designadamente por prever a possibilidade de ser ultrapassado o actual tecto de 48 horas semanais, contemplar cláusulas de não participação e deixa de considerar tempo de trabalho o período inactivo de tempo de permanência.

Wanda Guimarães salientou que «foi fundamental ter ganho esta batalha».

A sindicalista considerou a organização do tempo de trabalho como uma «grande questão» para o presente e para o futuro, para toda a sociedade, e as propostas de alteração «teriam repercussões na igualdade de oportunidades, na partilha de tarefas e na própria organização das famílias», rematou.