Apito: PGR tem «quatro denúncias» - TVI

Apito: PGR tem «quatro denúncias»

Maria José Morgado e Pinto Monteiro

Pinto Monteiro nomeou um magistrado para investigar as declarações da irmã de Carolina, a carta anónima em papel da PJ e mais duas denúncias relacionadas com o universo do futebol. Estas foram enviadas por «gente que dá a cara», revela ao Pdiário

O Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, nomeou um magistrado para investigar «quatro denúncias» relacionadas com o universo do futebol.

Em declarações ao PortugalDiário, Pinto Monteiro esclareceu que, além do depoimento de Ana Maria Salgado, irmã de Carolina, e do dossier anónimo em papel timbrado da directoria nacional da PJ, o Procurador-geral da República (PGR) recebeu mais dois documentos.

«Trata-se de dois documentos que me foram dirigidos, em Julho, por gente que dá a cara» e que denuncia situações também, mas não só, relacionadas com o «universo do futebol». Situações que não são necessariamente idênticas às constantes dos restantes documentos enviados.

Mais, acrescenta, «foram estes documentos assinados que me levaram, já há 15 dias, a nomear um procurador-geral adjunto para os investigar».

Da equipa fará ainda parte «um adjunto que irá coadjuvar» o magistrado nomeado. Pinto Monteiro ainda terá uma reunião com o procurador-geral adjunto e, acrescenta, «se concluirmos que é necessário, a equipa será alargada».

O PGR não quis revelar o conteúdo das denúncias recebidas, mas sustentou que se trata de casos que «merecem ser investigados».

Recorde-se que Ana Maria Salgado produziu declarações no DIAP do Porto, em Junho e Julho deste ano, em que desmente a irmã gémea e, por outro lado, denuncia cumplicidades de Carolina com a equipa de coordenação do processo «Apito Dourado» para incriminar o presidente do FCP.

Em comunicado enviado às redacções, esta quinta-feira, a Procuradoria-geral da República anunciou ter aberto um inquérito «ao documento anónimo» em papel timbrado da PJ onde se levantam «suspeições e se fazem insinuações e acusações».

Acrescentava, a nota, que «a esmagadora maioria dos factos já constituem objecto de processos em curso» mas que tudo será investigado sem hesitações e que existe «total confiança nos magistrados do Ministério Público intervenientes no processo conhecido por Apito Dourado».

Terminava, referindo que «quaisquer manobras» com o «único fim de descredibilizar o Ministério Público, a Polícia Judiciária e as equipas constituídas não produzirão, certamente, os efeitos pretendidos e serão alvo de investigação para apurar os seus verdadeiros autores».
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