«A comprovar-se escutas a juiz é crime» - TVI

«A comprovar-se escutas a juiz é crime»

Alberto Martins [JOSE SENA GOULAO / LUSA]

Ministro da Justiça, Alberto Martins comentou esta sexta-feira suspeitas de Carlos Alexandre

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O ministro da Justiça disse esta sexta-feira que, a comprovar-se a suspeita do juiz Carlos Alexandre de que é alvo de escutas ilegais, trata-se de um crime que deve ser perseguido pelo Ministério Público e pelas polícias, escreve a Lusa.

«As escutas ilegais são um crime e, havendo, devem ser perseguidas pelas instituições que têm responsabilidade de o fazer», disse Alberto Martins à margem de uma reunião com a sua homóloga búlgara.

Segundo avança o jornal «Público», o juiz Carlos Alexandre, que tem entre mãos alguns dos processos judiciais mais mediáticos do país - como o «Furacão», o «Face Oculta» e a aquisição dos submarinos - acredita que foi alvo de escutas ilegais.

O juiz terá contado as suas suspeitas a pelo menos três colegas (que contaram ao jornal) e, apesar de nunca ter conseguido provar a existência dessas escutas, nem quem as realizou, disse suspeitar terem sido os serviços secretos ou alguém ligado a eles.

Questionado sobre o assunto, Alberto Martins reiterou que «as escutas ilegais são matéria criminosa», mas sublinhou que «há instituições que têm a responsabilidade de perseguir o crime, como o Ministério Público e as polícias».

Sobre a entrega do telemóvel de serviço pelo mesmo juiz, depois de ter sabido que o seu plafond era de cinco euros, o ministro da Justiça escusou-se a comentar, acrescentando que «isso é matéria administrativa».

O ministro Alberto Martins encontrou-se esta sexta-feira com a ministra da Justiça búlgara para falarem das reformas da Administração Pública e da Justiça que estão a ser feitas naquele país, sobretudo na área dos registos e notariado.
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