Ventura acusado do crime de desobediência após jantar-comício com 170 pessoas em Braga - TVI

Ventura acusado do crime de desobediência após jantar-comício com 170 pessoas em Braga

  • Luís Varela de Almeida
  • 3 ago 2021, 17:26

Além de Ventura, estão também acusados mais quatro arguidos, entre eles, os proprietários do estabelecimento

André ventura foi acusado de um crime de desobediência em coautoria  por ter realizado um jantar-comício em Braga que juntou 170 pessoas, em janeiro deste ano, durante a campanha para as presidenciais. 

De acordo com o inquérito da Procuradoria da República da Comarca de Braga, datado de 28 de julho, a que a TVI teve acesso, além de Ventura, estão também acusados mais quatro arguidos. Dois dirigentes do Chega, Rui Paulo Sousa, diretor de campanha e mandatário nacional, e ainda Filipe Melo, responsável pela distrital do Chega de Braga.

Secundino Azevedo e Teresa Azevedo, os dois responsáveis do restaurante Solar do Paço, onde ocorreu o jantar-comício, também estão acusados de um crime de desobediência.

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O Ministério Público (MP) alega que o casal só poderia servir refeições em take-away, tendo em conta o estado de emergência que estava em vigor na altura.

O jantar foi realizado num espaço de 450 metros quadrados, sem ventilação, mesmo depois de a Administração Regional de Saúde do Norte ter dado um parecer desfavorável à realização do evento, tal como a Proteção Civil.

O MP acusa ventura de fazer uma interpretação extensiva da lei e diz que que mesmo os eventos de campanha eleitoral, que eram exceção ao estado de emergência, só estavam autorizados a decorrer em espaços fechados desde que acontecessem em “auditórios, pavilhões de congressos, salas polivalentes, salas de conferências e pavilhões multiusos”, o que não aconteceu com o jantar do Chega.

O evento foi realizado a 17 de janeiro, o mês mais trágico em número de vítimas mortais.

O crime de desobediência é punível com um ano de prisão ou 120 dias de multa.

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