Carmona diz-se «tranquilo» - TVI

Carmona diz-se «tranquilo»

  • Portugal Diário
  • 16 jan 2008, 20:33
Carmona na câmara de Lisboa (Manuel de Almeida/LUSA)

Ex-presidente da autarquia não vai suspender o mandato

O ex-presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues confirmou ter recebido hoje a notificação de que foi «formalmente acusado» no caso Bragaparques, pelo Ministério Público (MP), afirmando-se «perfeitamente tranquilo e confiante» de que será feita justiça.

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Carmona e Fontão acusados do crime de prevaricação

Em declarações à Lusa, Carmona Rodrigues garantiu que vai manter o cargo de vereador independente na autarquia da capital, invocando dois motivos: o facto de não ter sido condenado e por se afirmar de «consciência tranquila».

«Eu não fui julgado. Felizmente ainda existe neste país a presunção de inocência. Não fui condenado e por isso não estou obrigado eticamente a renunciar a um cargo para o qual fui eleito por milhares de lisboetas», disse.

Por outro lado, o principal motivo que sustenta a sua decisão é o facto de estar «de bem» com a sua consciência, afirmando-se «tranquilo» com o desenrolar do processo.

Ainda não decidiu pedir abertura de instrução

Carmona Rodrigues disse não ter decidido ainda se irá pedir a abertura de instrução, uma medida processual já requerida pelo seu antigo vice-presidente, Fontão de Carvalho.

O vereador independente eleito pelo movimento Cidadãos com Carmona disse que o dia de hoje foi «feliz, apenas» porque foi conhecida a decisão do Ministério Público de arquivar o processo relativo a Gabriela Seara, sua antiga chefe de gabinete e ex-vereadora do Urbanismo na Câmara de Lisboa, constituída arguida neste caso há cerca de um ano.

Através de comunicado, Carmona Rodrigues já tinha considerado que a decisão tomada pelo MP, esta quarta-feira, é «uma fase normal e prevista no âmbito do processo penal».

«Mantenho o mesmo espírito que sempre norteou a minha vida, isto é, estou perfeitamente tranquilo e confiante de que a justiça irá funcionar, aguardando serenamente o desenvolvimento deste processo, que espero seja o mais célere possível a bem da verdade e da defesa do meu bom nome», sublinhou.

Embora sem revelar o crime de que foi acusado, fontes ligadas ao processo adiantaram à Lusa que em causa está o crime de prevaricação de titular de cargo político.
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