Partidos: não é altura de discutir datas de eleições - TVI

Partidos: não é altura de discutir datas de eleições

Partidos políticos

PS e oposição em sintonia: o país tem assuntos mais sérios com que se ocupar

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(ACTUALIZADA ÀS 18:00)

O porta-voz do PS, Vitalino Canas, considerou ainda não ser tempo para discutir o calendário eleitoral deste ano, pois trata-se de uma questão que ainda vai demorar alguns meses, refere a Lusa.

Confrontado com a nota da Presidência da República, este domingo, Vitalino Canas, disse tratar-se de uma confirmação das declarações que prestou sábado, referindo que «todas as notícias sobre decisões do Presidente da República em relação a diplomas da Assembleia da república e a datas para as eleições são apenas especulações jornalísticas».

«Sabíamos que o Presidente não iria primeiro comunicar aos jornais a suas decisões», salientou.

Sem rejeitar que o PS já assumiu que pensa ser inconveniente que as eleições legislativas e autárquicas decorram no mesmo dia, o porta-voz socialista sublinhou, contudo, que as eleições para a Assembleia da República são marcadas pelo chefe de Estado.

«Logo que o Presidente da República entender pronunciar-se sobre estas questões, então, o PS, também o fará», acrescentou ainda Vitalino Canas.

O vice-presidente do PSD José Pedro Aguiar Branco defendeu hoje que o foco da atenção dos partidos deve ser o combate à crise, considerando que «não haverá um português preocupado» com o calendário eleitoral.

Apenas o primeiro-ministro, sublinhou ainda Aguiar Branco, parece estar atento a esta matéria, visto que na segunda-feira não rejeitou a hipótese das legislativas coincidirem com as eleições europeias em Junho.

«O primeiro-ministro é que parece ter algumas preocupações sobre esta matéria», sublinhou o vice-presidente social-democrata.

O membro da comissão política do PCP Jorge Cordeiro disse este domingo que os comunistas «não estão obcecados com o calendário eleitoral», lembrando que o partido está concentrado nos problemas do país e no combate às políticas do Governo.

Num comentário a esta nota de Belém, Jorge Cordeiro disse que relativamente às datas das eleições que irão decorrer este ano (europeias, legislativas e autárquicas), o PC irá se pronunciar «em momento oportuno», embora defenda que «a especificidade e natureza de cada um dos actos eleitorais deve ser respeitada».

Relativamente à questão da pertinência da discussão, o membro da comissão política do PCP considerou que «os recados do Presidente da República bateram à porta errada» no que diz respeito aos comunistas.

O deputado do Bloco de Esquerda Fernando Rosas considerou hoje «um artifício» a discussão «sem sentido» sobre o calendário eleitoral, defendendo que a vida política deverá centrar-se no debate das soluções para a crise.

O debate em torno do calendário eleitoral «não tem nenhum sentido», acrescentou o deputado do Bloco de Esquerda, rejeitando discutir essa questão apenas porque «são cenários que os jornais publicam por indicação indirecta dos interessados». «Não é através dos recados dos órgãos de soberania nos jornais que vamos discutir», enfatizou.

O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, considerou hoje «extemporâneo e artificial» o debate em torno do calendário eleitoral, defendendo que os partidos devem centrar o seu discurso nas soluções para os problemas do país.

«Desde a primeira hora dissemos que a grande preocupação devem ser as propostas que os partidos têm para combater a crise grave», afirmou.

«As datas das eleições são uma coisa que pouco preocupa as famílias e as empresas portuguesas», salientou.

Quanto à data em que devem decorrer as eleições europeias, autárquicas e legislativas, Diogo Feio remeteu para mais tarde o anúncio da posição do CDS-PP.

«Diremos a nossa posição quando formos confrontados pelos órgãos de soberania sobre a nossa opinião», declarou.
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