PSD antevê medidas eleitoralistas em 2009 - TVI

PSD antevê medidas eleitoralistas em 2009

António Borges, no Congresso do PSD

António Borges acusa também o Governo de dar «apoios maciços às empresas de que gosta e a quem convém apoiar»

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O PSD acusou esta terça-feira o Governo de dar «apoios maciços às empresas de que gosta e a quem convém apoiar» e disse antever «medidas completamente insensatas» em 2009, por ser ano eleitoral.

Em conferência de imprensa, na sede do PSD, o vice-presidente do partido, António Borges, responsabilizou o Governo pela situação económica do país e alegou que os efeitos da crise poderiam ser minimizados com uma política diferente.

Segundo o dirigente social-democrata, entre outras coisas, para uma mudança de política «seria preciso cortar com apoios maciços às empresas de que o Governo gosta e a quem convém apoiar e utilizar esses recursos para reduzir custos a todas as pequenas e médias empresas».

António Borges defendeu que essa redução de custos seja feita, «por exemplo, cortando nas contribuições para a Segurança Social de forma significativa, como o PSD já propôs».

Na fase de resposta às perguntas dos jornalistas, o vice-presidente do PSD assinalou que este será um ano eleitoral. «É natural que o Governo venha a tomar medidas completamente insensatas em várias frentes, o primeiro-ministro já começou a dar essa indicação», considerou.

Quanto à «reorientação da política económica», defendida pelo PSD, António Borges disse que «seria preciso que, em lugar de se promover o endividamento das empresas, das famílias, do país, se desse às empresas o acesso à liquidez a que têm direito, por exemplo, pagando o Estado o que deve atempadamente, alterando a cobrança do IVA para um regime de caixa, acabando o pagamento especial por conta, tudo medidas que o PSD recomendou e que não foram acolhidas pelo Governo».

«Seria preciso também poupar em projectos megalómanos de investimento público para canalizar mais recursos para mais e melhor investimento privado realmente produtivo», acrescentou.

O «ponto fundamental», defendeu, «é resolver os problemas das empresas, dar-lhes mais solidez económica, permitir maior rentabilidade, reduzir custos, garantir maior competitividade face a concorrentes estrangeiros». «Só assim se consegue criar empregos realmente duradouros e que sejam sustentáveis», argumentou.

António Borges insistiu na necessidade de apoiar «todas as empresas», sustentando que «o que o Governo fará é apoiar algumas empresas, em detrimento de outras».«Dá ao Governo um carácter dirigista e arbitrário que nós não podemos aceitar», reforçou.
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