Portugal foi um dos poucos que ajudou na reconstrução, diz PR angolano - TVI

Portugal foi um dos poucos que ajudou na reconstrução, diz PR angolano

Visita de Cavaco Silva a Angola com Jose Eduardo dos Santos(MIGUEL A. LOPES/LUSA)

José Eduardo dos Santos diz que comunidade internacional que não cumpriu as suas promessas de apoio

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O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, sublinhou que Portugal foi um dos poucos países a ajudarem na reconstrução de Angola, em contraponto a uma comunidade internacional que não cumpriu as suas promessas de apoio.

Recordando o «curto» período de tempo que Angola tem desde a guerra civil, apenas oito anos, José Eduardo dos Santos afirmou que foram dados «passos significativos no sentido da normalização do funcionamento das instituições democráticas e da melhoria de vida das populações».

«Demos passos importantes também na reintegração dos ex-militares na vida social e produtiva e na reconstrução ou criação de raiz das necessárias infra-estruturas para o desenvolvimento do país», lembrou ainda.

Foi neste contexto que lamentou: «Este esforço tem estado a ser suportado essencialmente com meios próprios, uma vez que acabaram por nunca se concretizar as promessas feitas pelos países mais desenvolvidos concernentes à reconstrução de Angola no pós-guerra».

«Felizmente que nesse difícil e complexo processo temos podido contar com a participação de alguns países amigos, entre os quais Portugal ocupa um lugar de destaque», acrescentou.

O chefe de Estado Angolano considerou que «não é, pois, casual que estejam neste momento instaladas em Angola mais de duas mil empresas portuguesas, que o comércio entre os dois países tenha triplicado nestes últimos anos e que Angola seja hoje o quarto principal destino das exportações portuguesas e o terceiro país com maiores investimentos bolsistas em Portugal, logo após a Espanha e a Itália».

José Eduardo dos Santos sublinhou que «as oportunidades de negócios de duplo sentido também se têm acentuado e os empresários de ambos os países têm hoje um quadro que lhes permite expandir as suas áreas de actividades para lá das habituais», nomeadamente agricultura e agro-indústria.

Para além dos aspectos económicos, o presidente angolano sublinhou a «convergência de posições das lideranças políticas de Angola e de Portugal sobre os principais assuntos da actualidade internacional e, acima de tudo, a grande disponibilidade de ambos os países para o aprofundamento da cooperação no domínio cultural, técnico e científico».

«Esta disponibilidade, fruto de uma longa trajectória histórica em comum, poderá dar excelentes frutos e permitir, por exemplo, valorizar ainda mais no plano internacional a língua que nos une e estabelecer parcerias privilegiadas e mesmo estratégicas com todos os países de língua oficial portuguesa», acrescentou.
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