Conselheiros à espera da decisão de Ferreira Leite - TVI

Conselheiros à espera da decisão de Ferreira Leite

Líder não revelou ainda se vai recandidatar-se nem se pretende cumprir o mandato até ao fim

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Vários conselheiros nacionais sociais-democratas disseram à agência Lusa que esperam ouvir de Manuela Ferreira Leite a sua decisão quanto à continuidade ou não da sua liderança na reunião de quinta-feira do Conselho Nacional do PSD.

PSD deve reunir-se «sem pressas»

Miguel Relvas, conselheiro nacional que é apoiante de Pedro Passos Coelho, disse à agência Lusa que «cabe à direcção do PSD» determinar o momento da sua sucessão, mas considerou que «o desejável» para o partido seria «ano novo, vida nova».

Pedro Passos Coelho, o único social-democrata que já anunciou que será candidato à liderança do PSD quando houver eleições internas, não quis prestar declarações sobre a situação do seu partido antes da reunião de quinta-feira do Conselho Nacional.

De acordo com um vice-presidente do PSD, Ferreira Leite ainda não comunicou ainda à Comissão Política Nacional social-democrata se pretende ou não recandidatar-se à liderança do partido.

Antes de qualquer outra, é essa a decisão que conselheiros nacionais do PSD como Carlos Carreiras e Luís Montenegro disseram à agência Lusa que esperam ouvir de Manuela Ferreira Leite, no início da reunião do Conselho Nacional de quinta-feira à noite. Para que, partindo desse ponto, fique definido o período em que haverá eleições internas.

«PSD «não se deve precipitar» para as eleições internas»

«Aguardo para ouvir o que a presidente do PSD vai dizer e que caminho vai apontar para o partido. Isso passa pela sua própria vontade. Quer uns gostem mais, outros gostem menos, o cenário vai ficar mais claro», disse à agência Lusa o presidente da distrital do PSD de Lisboa, Carlos Carreiras.

Para Carlos Carreiras, o PSD «não se deve precipitar» para as eleições internas que vão decidir a sua futura liderança, mas «não deve deixar arrastar» a situação em que se encontra.

«É importante saber, em primeiro lugar, o que pensa a líder do partido, se quer renovar ou não o seu mandato. A primeira palavra tem de ser uma palavra da líder», considerou Luís Montenegro, que em 2008 encabeçou uma lista ao Conselho Nacional do PSD que elegeu quatro elementos.

«Se a ideia for continuar, isso confere uma estabilidade ao mandato actual, que deve ser respeitado. Se não quiser, ter-se-á de abrir um processo eleitoral num prazo razoável: dois ou três meses», concluiu Luís Montenegro, referindo que não leva para a reunião do Conselho Nacional «nenhuma posição tomada» e emitirá a sua opinião conforme o discurso da presidente do PSD.

« PSD está farto de guerras»

Por sua vez, Miguel Relvas remeteu para a direcção liderada por Manuela Ferreira Leite a decisão sobre a data das próximas eleições internas, dizendo que que «ninguém está apressado» e que «o PSD está farto de guerras e tem de ser capaz de olhar o futuro com unidade».

Contudo, argumentou que o PSD tem de estar em condições de se opor ao PS, não podendo transformar-se «no pântano da oposição», e preparado para enfrentar uma eventual crise política, que pode ocorrer «de um momento para o outro», havendo um Governo minoritário.

«Nessas circunstâncias, eu pergunto: Em que situação o PSD estaria se não tivesse resolvido o seu problema interno? Eu acho que o desejável seria o PSD começar ano novo, vida nova. Mas cabe à direcção do PSD definir essas regras», completou.

Além de Passos Coelho, mais nenhum social-democrata anunciou, por enquanto, a intenção de se candidatar à liderança do PSD na sequência do ciclo eleitoral deste ano. O ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa e o eurodeputado Paulo Rangel invocaram, no entanto, o direito a ponderar essa possibilidade.
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