Legislativas 2011: dois boicotes até ao momento - TVI

Legislativas 2011: dois boicotes até ao momento

Abelhas na mesa de voto impedem votações em Cabril, Castro Daire. E em Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, colaram a fechadura da entrada da mesa de voto

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Foram colocadas abelhas na sala de voto na freguesia do Cabril, Castro de Aire, que não chegou a abrir, numa iniciativa de protesto da população local que reclama obras na Estrada Nacional 225, escreve a Lusa.

Junto ao edifício estão cartazes onde se pode ler «EN225» e «não ao voto» e a entrada para a mesa de voto está tapada com partes de um palco, tendo sido colocadas abelhas dentro da sala da votação.

As populações das freguesias de Cabril e Parada de Ester, concelho de Castro Daire, ameaçaram boicotar o sufrágio, seguindo um apelo da Comissão de Utentes da Estrada Nacional 225, em protesto pelo mau estado do troço da EN225.

«Esta foi a forma encontrada para demonstrar o nosso desagrado pelo mau estado em que se encontra a EN 225», explicou então o porta-voz da comissão, Fernando Silva.

A mesa de voto em Parada de Ester terão aberto normalmente.

A Comissão de Utentes da Estrada Nacional 225 pretende que sejam feitas obras de beneficiação em 70 quilómetros desta via, entre Castelo de Paiva e Castro Daire.

Cola na fechadura

Já a assembleia de voto de Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, não abriu como previsto as 8:00 horas depois de a fechadura da entrada da mesa de voto ter sido selada com cola.

A porta da escola primária de Lajeosa do Dão, foi selada com «super-cola» na fechadura, em protesto contra a falta de médicos na freguesia.

À porta da escola estão cerca de cinco centenas de pessoas e segundo o líder do movimento de protesto, Celso Videira, «se tudo correr bem, não haverá votação».

O boicote às eleições legislativas prende-se com a falta de médicos na extensão de saúde local, onde, dos 2.500 utentes, apenas 500 têm acesso a clínicos.

Cadeado em Castedo, Alijó

A votação em Castedo, Alijó, deve ter início com duas horas de atraso, depois de a porta da Junta de Freguesia ter sido fechada a cadeado em protesto contra o fim da escola e da extensão de saúde.

Segundo Marco Rodrigues, presidente da Junta local (PSD/CDS), as urnas não abriram às 08:00 como estava previsto e alguns dos elementos que compõem a mesa de voto desistiram, com receio de represálias da população.

«Isto estava com um cadeado, já demos conhecimento à Câmara e ao Governo Civil, mas estamos a tratar disso e a mesa vai abrir. Falta só a constituição (dos elementos) da mesa», explicou Marco Rodrigues, que se mostra solidário com a população.

Embora prometa «fazer tudo» para que o escrutínio «decorra como previsto», Marco Rodrigues diz que não vai votar, em solidariedade para com a população.
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