Sócrates «vem muito tarde» no reconhecimento dos atrasos do Estado - TVI

Sócrates «vem muito tarde» no reconhecimento dos atrasos do Estado

Nuno Melo

CDS defendeu a emissão de dívida pública para pagar a totalidade dos valores em atraso às empresas

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O porta-voz do CDS-PP considerou que o primeiro-ministro «vem muito tarde» no reconhecimento dos atrasos do Estado no pagamento de dívidas e defendeu a emissão de dívida pública para pagar a totalidade dos valores em atraso.

«O primeiro-ministro reconheceu que há um problema no que toca ao pagamento das dívidas às empresas. Vem muito tarde, pelo menos três anos», considerou o porta-voz dos democratas-cristãos, lembrando que «o CDS desde há três anos reclama medidas para atender a esse problema».

O gabinete do primeiro-ministro anunciou que vai realizar-se domingo um Conselho de Ministros extraordinário, mas não indicou qual é o tema.

«Se se confirmar que amanhã [domingo] o Governo vai tomar medidas, será uma decisão relevante. Mas nenhum plano será coisa nenhuma se não tiver em conta a emissão de dívida pública para pagar a totalidade das dívidas do Estado que já vai em 2500 mil milhões de euros, ou seja 1,5 a 2 por cento do PIB», defendeu Nuno Melo.

Nuno Melo propôs o pagamento não apenas das dívidas da Administração Central mas também das empresas públicas, dos hospitais empresa, e «na medida do possível», das autarquias e regiões autónomas.

«Se o plano for apenas parcial, o Governo deve ter em conta o peso relativo da sua dívida no volume de negócios da empresa», propôs, defendendo ainda que «por uma questão de decência», o Estado pague juros quando se atrasa nos pagamentos «tal como as empresas têm que pagar» se se atrasarem.
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